Economia

Temer diz que fez reforma no setor elétrico após situação de 'grave desordem'

"Não foi com canetadas e voluntarismos que teremos energia com preços menores. Ganha o consumidor, ganha a indústria e o país", disse

Temer diz que fez reforma no setor elétrico após situação de ‘grave desordem’ Temer diz que fez reforma no setor elétrico após situação de ‘grave desordem’ Temer diz que fez reforma no setor elétrico após situação de ‘grave desordem’ Temer diz que fez reforma no setor elétrico após situação de ‘grave desordem’
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O presidente da República, Michel Temer, afirmou, nesta sexta-feira, 21, que o seu governo assumiu o setor elétrico em situação de “grave desordem”, mas conseguiu realizar reforma na área que resgatou a “previsibilidade e a confiança e uma atividade tão importante para o desenvolvimento do Brasil”. “Não foi com canetadas e voluntarismos que teremos energia com preços menores. Ganha o consumidor, ganha a indústria e o país”, disse.

Em busca de agendas positivas, Temer participou de cerimônia no Palácio do Planalto, pela manhã, para acompanhar a assinatura de 20 contratos de concessão para a construção e operação de mais de 2,5 quilômetros de novas linhas de transmissão em 16 Estados brasileiros.

“Essa cerimônia é prova cabal do acerto de medidas do nosso governo”, comemorou o presidente da República.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as linhas demandarão investimentos estimados em R$ 6 bilhões e devem gerar cerca de 14 mil empregos diretos. O leilão, que ocorreu no dia 28 de junho, chegou a um desconto médio de 55,26%, o maior das últimas duas décadas. De acordo com o diretor da Aneel, o deságio resultará em uma economia para o consumidor de R$ 14 bilhões ao longo dos 30 anos de contrato.

“Ficou aqui evidenciado o extraordinário interesse de empresas nacionais e estrangeiras pelos lotes que foram leiloados. Foi-se o tempo em que sequer apareciam ofertantes. Obtivemos o maior deságio em 20 anos, o que significa tarifas mais baratas com regras previsíveis e racionais”, destacou Temer.

A grande vencedora do leilão foi a empresa indiana Sterlite – que já havia se destacado nas últimas disputas. A empresa conquistou seis dos 20 lotes ofertados em junho e terá de investir R$ 3,6 bilhões para levantar os empreendimentos, que devem entrar em operação no prazo de 36 a 63 meses a partir da assinatura dos contratos de concessão.

Outro destaque da disputa foi a CTEEP, controlada da colombiana ISA, que ofertou o maior deságio do leilão, de 73,92%, pelo lote 10, propondo-se a receber uma receita anual de R$ 38,8 milhões por um lote de empreendimentos com investimento estimado em R$ 237,9 milhões localizados em São Paulo, onde a companhia concentra suas atividades.

Em meio a queda do volume de investimentos desde o início da crise econômica, o setor de transmissão de energia tem sido um oásis no setor de infraestrutura. Nos últimos leilões, o apetite dos investidores tem surpreendido especialistas e até o governo federal, que comemora os resultados.

O humor da iniciativa privada mudou após alterações feitas pela Aneel nas regras de licitação em 2016. Além da revisão da Receita Anual Permitida (RAP), que é o valor que os investidores recebem, os prazos de construção também foram alongados e os lotes, fatiados, para permitir a entrada de empreendedores menores. De lá pra cá, a procura por projetos de transmissão de energia tem alcançado empresas de várias áreas e países.