Economia

Terceirização de mão de obra vai reduzir insegurança jurídica, diz Abit

Terceirização de mão de obra vai reduzir insegurança jurídica, diz Abit Terceirização de mão de obra vai reduzir insegurança jurídica, diz Abit Terceirização de mão de obra vai reduzir insegurança jurídica, diz Abit Terceirização de mão de obra vai reduzir insegurança jurídica, diz Abit

São Paulo – O projeto de terceirização da mão de obra que tramita no Senado não vai “precarizar” as condições de trabalho e, por outro lado, diminuirá a insegurança jurídica vigente no País. De acordo com Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), não é normal para um país com 200 milhões de habitantes ter 100 milhões de causas judiciais, o que reflete o alto grau de judicialização dos conflitos. Pimentel participou na terça-feira, 4, de mais uma edição do Fórum Brasil Competitivo, evento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, com a participação de empresários, sindicalistas e economistas, sobre o tema Terceirização e mercado de trabalho.

Para Pimentel, a terceirização é essencial para a indústria têxtil, que conta com uma cadeia produtiva longa, com muitos elos, o que leva a uma insegurança jurídica ainda maior. Ele deu o exemplo, sem citar nomes, de uma empresa que fatura R$ 250 milhões e gasta 2% do faturamento, ou R$ 5 milhões anuais, com despesas em processos trabalhistas. “Precisamos fazer com que a terceirização aconteça sem precarização, mas também sem engessar a nossa capacidade produtiva.”

Fernando Ázar, sócio da consultoria tributária da Delloite, e também presente no evento, aalia que o risco de enrijecimento das regras é real, uma vez que dos 14 artigos do projeto de lei no Senado, 7 tratam de direitos trabalhistas e obrigações do empregador. “Não é sensato falar em risco de precarização”, disse.

Ele citou um estudo da Delloite com processos de terceirização observados em 11 países. Na sexta-feira, circula no Estado um caderno especial com a cobertura do evento e reportagens especiais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.