Economia

Tesouro diz ter instrumentos para lidar com condições adversas

Tesouro diz ter instrumentos para lidar com condições adversas Tesouro diz ter instrumentos para lidar com condições adversas Tesouro diz ter instrumentos para lidar com condições adversas Tesouro diz ter instrumentos para lidar com condições adversas

O subsecretário da Dívida Pública do Tesouro Nacional, José Franco Medeiros de Morais, disse nesta quarta-feira, 5, que o órgão realiza a leitura das condições de mercado a cada minuto e tem os instrumentos necessários para lidar com condições adversas.

Ele lembrou que o órgão atual durante a crise dos caminhoneiros de maio reduziu as emissões de papéis. “O Tesouro tirou risco do mercado naquele momento e não vem adicionando. Estamos preparados para atuar de acordo com as condições do mercado”, afirmou.

O Tesouro Nacional anunciou uma alteração no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2018 para acomodar um aumento da participação de títulos atrelados à Selic na composição total da Dívida Pública Federal (DPF). A meta anterior ia de 31% a 35%, mas agora poderá ficar entre 33% e 37% até o fim do ano. No fim de julho, esses títulos respondiam por 33,64% do total.

Apesar de enfatizar que o principal instrumento de financiamento neste no momento é a emissão de LFTs, Franco destacou que existe uma demanda cativa para as NTN-Bs, mesmo com a volatilidade maior do mercado.

“Os fundos de pensão e de previdência estão aproveitando elevação das taxas para adicionarem uma maior posição de longo prazo. Essas taxas estão elevadas (em torno de 5,8%), mas não têm comprometido estratégia do Tesouro”, completou.

Emissão internacional

Franco adiantou que o órgão não fará nenhuma emissão de títulos no mercado internacional no atual período.

“Houve clara deterioração no ambiente internacional, então o momento não é adequado para qualquer tipo de missão no mercado internacional”, afirmou.

Além disso, ele explicou que o Tesouro não tem necessidade de realizar uma emissão externa no momento, por já ter realizado o chamado “pré-financiamento” dessa dívida.

“Quando 2018 começou o Tesouro já tinha todos os recursos em dólar necessários para pagar os vencimentos (da dívida externa) neste ano. E grande parte dos vencimentos de 2019 também já está pré-financiada. O Tesouro tem dólares”, completou.