Economia

Tesouro muda relatório do resultado fiscal após orientação da CGU

Tesouro muda relatório do resultado fiscal após orientação da CGU Tesouro muda relatório do resultado fiscal após orientação da CGU Tesouro muda relatório do resultado fiscal após orientação da CGU Tesouro muda relatório do resultado fiscal após orientação da CGU

Brasília – Após orientação da Controladoria Geral da União (CGU), o Tesouro Nacional modificou o relatório em que é apresentado mensalmente o resultado fiscal do governo central, que inclui as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social.

De acordo com o gerente de Estatísticas de Finanças Públicas do órgão, Felipe Bardella, o objetivo da alteração é alinhar os dados que são apresentados no relatório com aqueles dos documentos orçamentários, como o decreto de programação financeira e o relatório bimestral de reavaliação de receitas e despesas. “Isso fortalece a transparência porque o documento vai permitir avaliação imediata dos resultados alcançados com o que foi programado”, afirmou.

Houve mudanças no formato de divulgação das receitas, despesas e transferências a Estados e municípios. Uma das principais modificações é a forma como serão contabilizadas as transferências a Estados e municípios, que só incluirão receitas da União que forem repartidas com os entes.

Os repasses para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e os pagamentos relativos à Lei Kandir (que compensam perdas de exportadores) deixarão de ser contados entre as transferências e passarão a ser uma despesa do Tesouro Nacional. Já os pagamentos aos fundos constitucionais (como os fundos constitucionais de financiamento do Norte, Centro-Oeste e Nordeste – FNO, FCO e FNE) passarão a integrar o montante de transferências a Estados e municípios, que tem ainda gastos como salário educação e royalties e repasses a outros fundos de participação. Com isso, as transferências aos fundos constitucionais deixam de ser contabilizadas como subsídios e subvenções econômicas.

Já a partir da próxima quinta-feira, quando será divulgado o resultado do governo central referente a janeiro, o relatório mostrará as receitas desagregadas por administradas pela Receita Federal, da Previdência e não administradas pelo fisco. Nessa tabela, não serão mais separadas as receitas do Banco Central, que serão integradas às administradas. A receita de impostos e contribuições será apresentada de forma líquida, da mesma forma em que é apresentada nos relatórios orçamentários.

No campo das despesas, o governo passará a apresentá-las divididas por obrigatórias (que incluem pessoal e encargos e benefícios previdenciários), outras obrigatórias e discricionárias. As despesas de pessoal do Banco Central, que antes eram separadas, passaram a ser contabilizadas juntamente com as outras despesas de pessoal. Também passam a ser incluídas em “outras despesas obrigatórias” gastos com a fabricação de cédulas e moedas, que eram do BC, assim como os do Fundeb e Lei Kandir.

Os gastos não serão mais apresentados divididos por despesas de custeio e capital, e as informações sobre investimentos, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estarão disponíveis no relatório.