Economia

Teto dos gastos permitirá discussão sobre Orçamento, diz Meirelles

Teto dos gastos permitirá discussão sobre Orçamento, diz Meirelles Teto dos gastos permitirá discussão sobre Orçamento, diz Meirelles Teto dos gastos permitirá discussão sobre Orçamento, diz Meirelles Teto dos gastos permitirá discussão sobre Orçamento, diz Meirelles

São Paulo – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira, 12, que a aprovação do teto de gastos pelo Congresso viabilizará um fato novo no Brasil: a discussão pelo parlamento sobre o Orçamento federal.

Para o ministro, o limite para as despesas públicas com base na inflação, que inclusive se estenderá a outros Poderes da República e Estados, é uma mudança muito importante e rápida para a gestão das contas oficiais e vai ajudar na recuperação da confiança de famílias e empresários nas perspectivas da economia.

“E com recuperação da economia, vamos ter recuperação da arrecadação em nível pouco maior que o PIB. E espera-se que o PIB cresça”, destacou o ministro. “A emenda constitucional é a forma eficaz de fazer ajuste fiscal. E eu acredito que ela será aprovada pelo Congresso.”

Previdência

Meirelles disse também que, com a aprovação do teto de gastos públicos com base no IPCA pelo Congresso, será necessária a reforma da Previdência Social. Nesta quinta-feira, 11, o ministro destacou que é muito importante a aprovação da reforma da Previdência até o final de 2017, pois, se isso não ocorrer, haveria sérios impactos às contas oficiais a partir de 2019.

Meirelles destacou que o governo decidiu que a melhor estratégia seria enviar ao Congresso primeiro a PEC que limita os gastos públicos e depois a proposta de reforma da Previdência Social. “É importante que não se realizem todas as batalhas ao mesmo tempo”, comentou.

De acordo com o ministro, a atual crise e o grande desequilíbrio das contas públicas registrado há alguns anos são fatores que devem viabilizar a aprovação do ajuste fiscal proposto pelo governo Michel Temer ao Congresso. “Estávamos preparados para enfrentar a batalha da dívida dos Estados no ano que vem”, disse.

O ministro fez os comentários em palestra de encerramento do “XI Seminário Anual sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária” realizado pelo Banco Central em São Paulo.