Economia

Trabalhadores informais somam 29,2 milhões de pessoas em novembro, afirma IBGE

Houve aumento na taxa de desemprego nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste; mas queda no Sul do país

Trabalhadores informais somam 29,2 milhões de pessoas em novembro, afirma IBGE Trabalhadores informais somam 29,2 milhões de pessoas em novembro, afirma IBGE Trabalhadores informais somam 29,2 milhões de pessoas em novembro, afirma IBGE Trabalhadores informais somam 29,2 milhões de pessoas em novembro, afirma IBGE
Foto: Divulgação

O número de trabalhadores informais subiu a 29,2 milhões de pessoas em novembro, um aumento de 0,6% em relação a outubro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado equivale a 34,5% do total de ocupados.

O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado aumentou a 32,065 milhões em novembro, 256 mil a mais que em outubro. No mês anterior, o total de vagas com carteira assinada no setor privado já tinha aumentado em 403 mil.

“O que ocorreu de forma significativa foi o aumento no emprego com carteira assinada nesses últimos dois meses”, apontou Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. O avanço pode ter relação com as contratações de trabalhadores temporários para as festas de fim de ano, confirmou Maria Lucia.

O contingente que trabalhava sem carteira no setor privado cresceu a 8,515 milhões em novembro, 28 mil a mais em um mês. O total de pessoas atuando por conta própria subiu a 23,910 milhões, 207 mil a mais em relação a outubro.

A taxa de desocupação passou de 14,1% em outubro para 14,2% em novembro. “A gente vê que a população desocupada vem crescendo desde maio, e a população ocupada começa a crescer desde agosto. No segundo semestre sempre tem esse movimento de pessoas que saem da população fora da força de trabalho e voltam para o mercado de trabalho”, justificou Maria Lucia.

Houve aumento na taxa de desemprego nas regiões Norte (de 15,1% em outubro para 15,4% em novembro), Nordeste (de 17,3% para 17,8%), Sudeste (de 14,2% para 14,3%) e Centro-Oeste (de 12,1% para 12,2%), mas queda no Sul (de 9,4% para 9,3%).

“O aumento na taxa de desocupação foi significativo na região Nordeste. A gente vê uma pressão forte na taxa de desocupação que vem da região Nordeste”, apontou a coordenadora do IBGE.

Segundo Maria Lucia, a redução do auxílio emergencial pode ter influenciado no aumento na busca por emprego no Nordeste, uma vez que a região tem uma proporção maior de domicílios assistidos pelo benefício.

“É uma região com muita informalidade, rendimento baixo. O rendimento do trabalho que essas pessoas têm pode ser insuficiente para cobrir a despesa. Pode ter mais gente do domicílio indo buscar trabalho com a redução do auxílio e o fim do recebimento do auxílio”, disse ela. “De forma geral, no Nordeste, nos domicílios onde alguém recebia auxílio emergencial, essa população desocupada aumentou”, completou.

A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 17,2% em novembro, enquanto entre os homens descia a 11,9%. O resultado também foi mais elevado entre os pretos e pardos, 16,5%, do que entre os brancos, 11,5%.

Empréstimos

Mais brasileiros buscaram empréstimos durante a pandemia, segundo os dados da pesquisa do IBGE. Dos 68,6 milhões de domicílios no País, em cerca de 6,4 milhões (9,3%) algum morador solicitou um empréstimo até novembro. Em 87,8% deles a solicitação foi atendida. Até outubro, 6,0 milhões de domicílios tinham algum morador que solicitou empréstimo durante a pandemia, sendo que 86,5% deles tinham conseguido o crédito.