O ES pode ter, em breve, o primeiro trem flex, movido também a etanol, circulando pela Estrada de Ferro Vitória a Minas. A Vale e a fabricante de locomotivas Wabtec Corporation anunciaram uma parceria para o desenvolvimento de estudos de um motor flex (dualfuel). A motorização poderia utilizar tanto o diesel quanto uma mistura de diesel e etanol.
Primeiro os estudos são realizados em um laboratório. Isso no sentido de validar o conceito e avaliar o desempenho, bem como a redução de emissões e a taxa de substituição diesel/etanol. A previsão é de que os estudos e testes nas instalações do fabricante ocorram até 2027.
O acordo para o uso de etanol, combustível renovável que substitui o diesel fóssil, é parte de uma série de iniciativas conjuntas com a Wabtec. O objetivo é avançar no programa de descarbonização das operações ferroviárias da Vale.
Em março, as empresas anunciaram um acordo para a compra de 50 locomotivas equipadas com motor Evolution Series. Ou seja, preparadas para operar com até 25% de biodiesel contido na mistura com diesel. Além de testar o uso de etanol, Vale e Wabtec irão realizar testes na tentativa de elevar ainda mais o percentual de biodiesel.
Em 2020 a Vale anunciou a meta de reduzir suas emissões absolutas em 33% até 2030. A empresa quer atingir o objetivo de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, em linha com o Acordo de Paris de limitar o aquecimento global abaixo de 2ºC até o fim do século. A empresa também assumiu o compromisso de reduzir em 15% as emissões líquidas de sua cadeia de valor até 2035.