Economia

Trump ameaça taxar carros canadenses se negociações comerciais não progredirem

Trump ameaça taxar carros canadenses se negociações comerciais não progredirem Trump ameaça taxar carros canadenses se negociações comerciais não progredirem Trump ameaça taxar carros canadenses se negociações comerciais não progredirem Trump ameaça taxar carros canadenses se negociações comerciais não progredirem

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou seu perfil no Twitter para fazer novas ameaças no âmbito do comércio global. O republicano afirmou que pode taxar os carros produzidos no Canadá caso não consiga um acordo com Ottawa. Quanto ao México, Trump disse que as negociações comerciais “estão indo bem” e disse que os agricultores e a indústria automotiva americana devem ser atendidos nas conversas.

“Estamos indo bem ao lidar com o México. Os trabalhadores da indústria automotiva e os agricultores devem ser atendidos ou não haverá acordo. O presidente eleito do México tem sido um absoluto cavalheiro. O Canadá deve esperar. Suas tarifas e barreiras comerciais são altas demais. Vamos taxar os carros se não conseguirmos fazer um acordo!”, escreveu Trump em seu perfil pessoal no Twitter.

EUA, Canadá e México estão em um processo de renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês). No entanto, nos últimos dias, autoridades americanas e mexicanas se reuniram separadamente para tentar formular um acordo que abrangesse o setor automotivo, o qual é alvo de intensas discussões nas conversas do Nafta. A tática do governo Trump é a de chegar a acordos separados entre as partes para lidar com a renegociação do pacto de livre-comércio.

“As negociações do Nafta parecem estar caminhando rumo a uma direção positiva e acreditamos ser bastante provável que um acordo sobre as regras de origem do setor automotivo seja alcançado no curto prazo”, apontaram analistas do Goldman Sachs em nota a clientes. O banco americano vê 60% de possibilidade de um acordo, mas diz estar cético que o processo de renegociação não deve ser concluído até o fim de agosto, como estabelecido pelos negociadores, atribuindo apenas 35% de chance a esse cenário.

Já a consultoria de risco político Eurasia aponta que os esforços renovados para chegar a um acordo aumentam a possibilidade de que um pacto seja firmado ainda este ano de 30% para 40%. “No entanto, ainda não há sinais de que os EUA estejam dispostos a relaxar sua postura em relação a outras demandas, mantendo um acordo improvável no curto prazo”, apontaram analistas da Eurasia em nota a clientes.