Economia

Turbulência na economia global não vai passar rápido, reitera Guedes

"Tenho dito que lá fora, o mundo está num momento turbulento, que não vai passar rápido", reforçou o ministro

Turbulência na economia global não vai passar rápido, reitera Guedes Turbulência na economia global não vai passar rápido, reitera Guedes Turbulência na economia global não vai passar rápido, reitera Guedes Turbulência na economia global não vai passar rápido, reitera Guedes
Foto: Marcos Correa/ Pr

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer nesta sexta-feira, 26, que a turbulência na economia global não vai passar rápido. “Tenho dito que lá fora, o mundo está num momento turbulento, que não vai passar rápido”, reforçou o ministro.

Durante palestra promovida pela Associação da Classe Média (Aclame), em Porto Alegre (RS), Guedes reiterou que a América Latina vive um “desmanche gradual”, em crítica à ascensão de governos de esquerda na região. “Estamos recebendo milhares que fogem da Venezuela”, declarou.

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Ao dar ênfase à agenda aplicada nos últimos três anos e meio, em especial a reforma da Previdência, aprovada no primeiro ano do mandato, o titular da Economia disse que o governo assumiu com a missão de reverter um modelo estatista que “corrompeu e estagnou” a economia brasileira. 

“Nosso objetivo é a mudança do eixo econômico. Nós rejeitamos o modelo estatista e dirigista.”

O ministro também aproveitou o evento, realizado na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), para apresentar uma concepção da liberal democracia que entende a importância dos mercados para promover prosperidade, mas que também leva em conta as vulnerabilidades de camadas da sociedade.

“Os liberais democratas entendem a importância do mercado para criar riqueza, mas somos fraternos”, afirmou o ministro, acrescentando que a orientação de promover igualdade de oportunidades e proteção aos mais frágeis foi aplicada durante a pandemia.

Orçamento

Guedes aproveitou a palestra a apoiadores para rebater os ataques sobre a perda de controle do Orçamento feitos na quinta-feira pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva na entrevista ao Jornal Nacional.

Em relação ao orçamento secreto, um dos temas criticados por Lula, Guedes sustentou que a classe política está se deixando ofender por um dispositivo criado pela própria oposição e que representa menos de 1% do Orçamento.

“Ontem, tinha candidato falando de orçamento secreto, quando quem criou o orçamento impositivo e emenda de relator foi a oposição”, afirmou o ministro. “Um gastava R$ 220 bilhões fazendo porto em Cuba, nosso caso é de menos de 1% do orçamento”, acrescentou Guedes, traçando uma comparação com o governo petista.

Populismo fiscal

Ao projetar o primeiro superávit das contas primárias do Governo Central desde 2013, o ministro da Economia rechaçou críticas de que o governo pratica populismo fiscal.

Reafirmando também a avaliação de que o Brasil cresce enquanto as economias desenvolvidas caminham a uma recessão, Guedes disse que o Produto Interno Bruto (PIB) só não avança mais por conta dos juros altos, dada a inflação elevada e persistente.

“Como têm coragem de falar em populismo fiscal em governo que zera déficit?”, questionou Guedes durante palestra promovida pela Aclame. “Este ano, teremos um pequeno superávit do governos central”, frisou o ministro.

‘Rolagem da desgraça’

Ao criticar o que chamou de “rolagem da desgraça”, em referência às previsões pessimistas de economistas, ele lembrou dos prognósticos de recessão neste ano não confirmados e destacou que, agora, o mercado está revendo as expectativas à inflação de 2022 para baixo.

Com o discurso interrompido diversas vezes por aplausos de apoiadores que compareceram ao teatro da Fiergs para ouvir o ministro, Guedes aproveitou para listar as reformas realizadas pelo governo que permitiram ao País, pela primeira vez em 30 anos, um crescimento baseado em investimentos privados.

“Não fizemos ainda o que queríamos, falta muita coisa, mas o Brasil já decolou”, disse Guedes.

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