Economia

Vale explica demissões no ES e diz que número está abaixo na média nacional

Diretor do Sindfer ES/MG afirma que, embora os números do mês de junho ainda estejam em levantamento, já teriam sido confirmadas 414 demissões

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Diretor do Sindicato dos Ferroviários, Carlos Uliana, aponta 414 demissões só em junho Foto: Divulgação/Assembleia

Os sindicatos que estiveram presentes na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (1), durante reunião da Comissão Especial que trata das demissões na mineradora Vale no Espírito Santo, afirmam que a empresa tem praticado demissões em massa desde 2008.

De acordo com diretor do Sindfer ES/MG, Carlos Uliana, em 2015, até o mês de junho, que ainda não teve balanço fechado, teriam sido registradas 414 casos.

Ele explicou durante depoimento que, em 2009, considerado o ano mais crítico de crise no setor, teriam ocorrido 410 demissões.

Em nota a Vale informou que mantém uma taxa de rotatividade bem abaixo da média da indústria brasileira de mineração e siderurgia, que é de 15%, embora não tenha informado o número total de demissões. 

Segundo a empresa, com o objetivo de se adaptar ao atual cenário do setor, a Vale está aproveitando a rotatividade natural para aumentar sua produtividade. Disse ainda que a empresa está focando suas atenções na alocação de recursos, na otimização e simplificação de processos e no desenvolvimento de ativos de classe mundial.

A assessoria da deputada Janete de Sá, proponente da comissão especial criada para averiguar, debater e buscar alternativas para as demissões, informou que, durante depoimento, o diretor de pelotização da Vale, Armando Maurício Max, falou das dificuldades que a empresa vem enfrentando por causa da crise. 

Segundo ele, o preço do minério teve queda de 67%, entre 2011 e 2015, passando de U$ 170 a tonelada para U$ 47, preço pago pelo produto no mês de abril desse ano. 

Ainda de acordo com informações fornecidas pela assessoria da deputada, o diretor de pelotização, explicou que no primeiro trimestre deste ano, a Vale teve um prejuízo financeiro de R$ 9,5 bilhões. 

A deputada Janete mostrou-se inconformada com o grande volume de demissões. “Eu considero que ele (diretor da Vale) está tentando ser estratégico e político ao tentar mostrar as operações da empresa, claro pra justificar o que está acontecendo no Espírito Santo,  mas não concordo com as informações de que estrategicamente eles definiram que no estado eles precisam reduzir postos de trabalho e precisam aumentar a produtividade”, afirmou.