Economia

Venda do bombom Serenata de Amor para outra empresa gera polêmica entre capixabas

O bombom faz parte da história dos capixabas há quase 70 anos, e a venda pode refletir na queda do faturamento da empresa e prejudicar a economia do Estado

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A venda do bombom pode solucionar impasse no Cade Foto: TV Vitória

A Nestlé anunciou esta semana que pode vender o bombom Serenata de Amor, que é produzido aqui no Espírito Santo pela Garoto. A marca é uma das mais famosas do Estado, e a venda seria a solução de um impasse entre a Nestlé e o Conselho Administra de Defesa Econômica (Cade).

Em 2002, quando a multinacional comprou a Garoto, as duas empresas assumiram a liderança do mercado, sendo responsáveis por 43% da produção de chocolates. Com a justificativa de não prejudicar a concorrência, o Cade vetou a compra da Garoto.

Quatorze anos depois, abrindo mão de uma de suas marcas mais famosas, a Nestlé resolveria o problema, passando a ser vice-líder de mercado mantendo a fusão com as fábricas de chocolates de Vila Velha.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, a negociação é possível, já que a marca, que existe desde a década de 40, é uma das mais tradicionais e valiosas do mercado de chocolates. No entanto, a venda do bombom reduziria as receitas do Estado.

“O Estado do Espírito Santo perde a sua maior marca que é o bombom Serenata, podendo até perder faturamento também. Outra empresa que comprar a marca automaticamente irá vender o bombom Serenata, e será uma receita a menos para a indústria de alimentos e bebidas do Espírito Santo”, afirmou.

Já o deputado Evair Vieira de Melo (PV-ES), defendeu em plenário que o bombom Serenata de Amor não saia da linha de produção da fábrica Garoto. Em discurso proferido na tarde desta terça-feira (12), o parlamentar, que é candidato ao cargo de presidente da Câmara, repetiu o que havia escrito em uma rede social: “Não vamos aceitar”.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Nestlé informou que a empresa apresentou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica um pedido de avaliação propositiva para a solução do processo de compra da Chocolates Garoto realizada em 2002. Como a proposta está sob avaliação, a Nestlé está impossibilitada de fazer comentários sobre o caso.