Economia

Votação do projeto de distrato de imóveis no Senado deve ficar para agosto

Votação do projeto de distrato de imóveis no Senado deve ficar para agosto Votação do projeto de distrato de imóveis no Senado deve ficar para agosto Votação do projeto de distrato de imóveis no Senado deve ficar para agosto Votação do projeto de distrato de imóveis no Senado deve ficar para agosto

A votação do projeto sobre as regras para a desistência da compra de imóvel na planta, o chamado distrato imobiliário, no plenário do Senado deve ocorrer apenas em 7 de agosto. O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados. A indicação é de técnicos que acompanham a tramitação do projeto no Senado.

Após ter sido rejeitado nesta quarta-feira, 11, por 14 votos a 6 na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o projeto seguiu para o plenário da Casa, mas o líder do governo, Romero Jucá (MDB-RR) conseguiu assinaturas para protocolar um recurso ao plenário.

Na prática, isso zera o processo no Senado e um novo relator será designado para dar parecer ao projeto diretamente no plenário após o recesso parlamentar das próximas duas semanas.

Com isso, o texto pode receber novas emendas. Tão logo Jucá protocolou o recurso no plenário, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) apresentou oito emendas de redação ao projeto. Caso emendas de texto sejam acolhidas e o projeto seja aprovado, vai à sanção presidencial. Caso alguma emenda altere o mérito do projeto, o texto ainda voltará para Câmara.

A polêmica em torno do projeto se deve a um artigo que fixa a multa ao comprador do imóvel em 50% do valor já pago à construtora em caso de desistência do negócio.

A retenção de metade do valor já pago pelos consumidores às incorporadoras valeria nos casos de devolução de imóveis construídos no chamado regime de afetação – regime da maioria dos empreendimentos, pelo qual cada empreendimento tem CNPJ próprio para proteger interesses dos compradores.

A legislação atual não estabelece um porcentual de multa fixo nesses casos, e as decisões judiciais normalmente estabelecem multas entre 10% e 25% – teto que o governo queria colocar no projeto.

Caso seja aprovado pelos senadores, a multa de 50% tem grandes chances de ser vetada pelo presidente Michel Temer. Caso o projeto seja novamente derrotado em plenário, a legislação atual continuará a ser aplicada – ou seja, os distratos continuarão acabando na Justiça.