Caminhar por ruas arborizadas, conhecer cafeterias próximas ou poder se exercitar em uma academia a poucos metros de distância. Cada vez mais pessoas têm descoberto o prazer de viver o bairro a pé.

O chamado estilo de vida walkable ou walkability — “caminhável” ou “caminhabilidade” — valoriza a facilidade e a qualidade da experiência de andar por um determinado ambiente. Esses lugares oferecem rotas seguras para pedestres, fácil acesso a estabelecimentos comerciais, lazer e transporte público, além de ambientes limpos e arborizados.

Mais do que uma tendência da arquitetura urbana, o estilo walkable é uma nova forma de enxergar o que é qualidade de vida e o mercado de luxo imobiliário.

O impacto na saúde física e mental

Os impactos de viver em um ambiente com alta mobilidade vão muito além da praticidade. Além de contribuir para a redução da poluição, diminuindo o uso dos carros, a saúde mental e física também são influenciadas.

Segundo a psicóloga Ana Paula Cunha, essa combinação está diretamente ligada à abordagem biopsicossocial, ou seja, que considera a saúde sob os fatores biológicos, psicológicos e sociais do indivíduo.

Quando a pessoa vive em um espaço que estimula a circulação a pé, ela se movimenta mais, interage mais e cria vínculos, reduzindo os fatores de risco e tendo uma vida mais saudável.

Vamos pensar em um local relativamente perto, como meia hora, por exemplo. Você gasta mais do que isso porque você precisou se arrumar antes, sair antes, contar o tempo em que o ônibus vai passar. Sem isso, é muito mais do que meia hora que você devolve para a sua rotina.

Ana Paula Cunha, psicóloga
Ana Paula Cunha é psicóloga e fala dos benefícios do estilo de viver walkable. Imagem: TV Vitória/Reprodução

Já quando falamos falamos sobre a saúde física, as pequenas caminhadas diárias podem ser essenciais. O personal trainer Wagner Costa, especialista em fisiologia do exercício, explica que os passos diários são essenciais para o corpo, mas essa rotina está em falta entre os brasileiros.

Segundo uma pesquisa global, realizada pela rede de academias inglesa PureGym, o Brasil registra uma média de 4.057 passos, por dia, cerca de 30% a menos do que a média mundial de 5.833 passos.

O ideal, de acordo com Wagner, é que as pessoas introduzam o hábito em suas rotinas e, dentro das suas possibilidades, já que essa é uma maneira prática de manter o corpo em movimento.

“Só o simples fato de caminhar pelo bairro já vai gerar vários benefícios para sua saúde e um grande passo para deixar o sedentarismo. Alguns benefícios da caminhada incluem a melhora da saúde cardiovascular, o fortalecimento dos ossos e músculos, o controle da pressão arterial e do diabetes. Além de benefícios para a saúde mental, como a redução do estresse e a melhora do humor”, explicou. 

O conceito de walkable na prática

O Gilson Pacheco, de 86 anos, é um verdadeiro adepto do estilo de vida walkable. Morador do bairro Praia da Costa, em Vila Velha, há 54 anos, chegou ao local quando ainda haviam poucas construções.

“Um empresário local veio e fez um loteamento aqui, mas antes todo o movimento era mais próximo à avenida Champagnat”, explicou.

Gilson Pacheco mora há 54 anos na Praia da Costa, em Vila Velha, e adora caminhar pelo bairro. TV Vitória/Reprodução

Com o passar dos anos, o aposentado viu o bairro crescer e se tornar um dos símbolos de mobilidade urbana da Grande Vitória. A região conta com ruas seguras, calçadas largas e acesso rápido a comércios e áreas de lazer.

Foi pensando nessas características que o bairro se tornou a escolha ideal para a construção do Berthô, o novo ícone imobiliário da Grand Construtora. O condomínio de luxo, localizado no Parque das Castanheiras, conta com duas torres e amplas unidades de 4 suítes (171,82 a 271,80 m²), ideal para quem procura conforto, privacidade e acessibilidade.

Segundo o arquiteto Sandro Pretti, responsável pelo projeto arquitetônico do Berthô, a ideia de construir um espaço de refúgio para os seus moradores em um bairro walkability conversa diretamente com o urbanismo contemporâneo.

O urbanismo moderno mudou completamente de 20 ou 30 anos atrás, quando morávamos em um lugar e trabalhávamos em outro, o que gerava um grande deslocamento. A ideia, hoje, são bairros inteligentes, onde você pode morar e ir caminhando para o seu escritório, por exemplo.

Sandro Pretti, arquiteto
Sandro Pretti é responsável pelo projeto arquitetônico do Berthô. Imagem: TV/Vitória/Reprodução

O luxo de viver o bairro a pé

No mercado imobiliário de alto padrão, a walkability deixou de ser apenas um diferencial e se tornou um critério determinante para quem busca investir em qualidade de vida. Para um público que prioriza experiências e deseja integrar rotina, saúde e mobilidade, viver em um endereço onde tudo se resolve, a poucos passos, redefine o significado de sofisticação.

Bairros como a Praia da Costa, com estrutura consolidada e vocação para a vida a pé, oferecem mais do que comodidade: entregam uma nova lógica de morar, em que tempo, bem-estar e exclusividade se convertem em valor real.

“O Parque das Castanheiras, hoje, é uma referência, em Vila Velha, porque ele consegue agregar a moradia de alta de alta qualidade com um plus: uma vista lindíssima para o Convento da Penha, um marco do patrimônio histórico, artístico e nacional, que está aqui dentro de Vila Velha”, complementa Sandro.

Aline Gomes

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.