Uma escola pública de Laranja da Terra, no Noroeste do Espírito Santo, conquistou destaque nacional ao classificar duas das quatro equipes capixabas para a fase final da 17ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), promovida pela Unicamp.
Ao longo de seis semanas, os estudantes realizaram pesquisas, debates, leituras e produções autorais sobre tecnologia, difusão da informação e inteligência artificial.
A ONHB é uma olimpíada que provoca o aluno a pensar, discutir, pesquisar e dialogar. Não se trata apenas de marcar a resposta certa. Existe uma hierarquia de pontuação que exige muito raciocínio.”
Anaí Gomes Rocha Abel, professora de História e mentora das equipes
Jornada começou com 23 equipes
A escola entrou na competição com 23 equipes formadas por alunos do 9º ano ao ensino médio.
Após as eliminações, restaram duas representantes: a NMI, formada por alunas do 9º ano; e a Orion, composta por estudantes da 3ª série do ensino médio. Ambas chegaram à fase final, que acontecerá nos dias 30 e 31 de agosto, na Unicamp, em Campinas (SP).
Prova desafiadora
Diferente de outras competições acadêmicas, a ONHB vai além da memorização de conteúdo. Composta por seis fases, ela exige leitura crítica, análise de diferentes fontes e interpretação de contextos históricos.
Na quinta fase, os alunos precisaram escrever um artigo acadêmico autoral e comparar seu texto com uma produção feita por inteligência artificial, identificando vantagens e falhas do uso da IA em trabalhos científicos.
“Eles produziram dois textos e depois um terceiro, analisando as diferenças. Foi uma experiência desafiadora, que levou os alunos a refletirem sobre o uso da tecnologia e suas limitações”, conta a professora Anaí.
Destaque estadual
Entre as 17 equipes do Espírito Santo que chegaram à semifinal, apenas quatro avançaram à final. Duas delas são da Luiz Jouffroy. A equipe Orion teve a melhor nota do Estado.
Foi nosso terceiro ano participando. Antes, nunca passamos da quarta fase. Agora estamos na final. Ficávamos na escola até as 19h, estudando juntos. Foi difícil, mas gratificante.”
Kauã Triagel Tavares, da equipe Orion
Segundo a diretora Nilza Abel Gomes, a escola tem um histórico de participação em Olimpíadas — foram 15 só no ano passado, e a meta é superar esse número em 2025.
“É resultado de muita luta, dedicação e apoio da gestão. É um projeto que transforma vidas”, afirma.
Veja o vídeo:
*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos