Entretenimento e Cultura

Erika Januza relembra ofensas raciais que sofreu na época do Dança dos Famosos

Erika Januza e Karol Conká marcaram presença no Altas Horas que rolou no último sábado, dia 12. Ao apresentador Serginho Groismann, as duas falaram sobre o racismo que sofrem e casos mais graves que já rolaram, como por exemplo, ofensas por meio de e-mails e comentários no Instagram. Erika, então, lembrou da vez em que participou do Dança dos Famosos, quadro do Domingão do Faustão, e que recebia e-mails com ofensas raciais:

- Eu recebi um primeiro (e-mail) bem longo com um título: Conselhos de um profissional. E aí eu abri, né? Eu abri e foi um misto de raiva, de tristeza, e eu chorei e apaguei. E aí chegaram outros. Daí eu falei, não vou apagar e vou guardar. Eram e-mails enormes me chamando de tudo o que você pode imaginar: Onde que o Faustão estava com a cabeça de me colocar ali? Eram críticas à minha performance, à minha cor, tudo o que você pensar.

A atriz continuou:

- Depois aconteceu um episódio de me ofenderem no Instagram. E aí eu peguei tudo e levei na polícia. (...) As pessoas têm que entender que não dá pra se esconder atrás da internet. Não dá pra fazer o que quiser achando que a internet tá protegendo. O meu desejo é que as pessoas respeitem a outra, saiam dessa camada oculta que acha que estão, e aprendam a respeitar o outro e entender que não pode ficar impune.

Erika ainda respondeu a pergunta de uma fã da plateia, que queria que ela falasse mais sobre as críticas recebidas por seu cabelo crespo:

- O meu cabelo foi alisado ao longo de 28 anos. Eu tenho 33, ta? Eu acho que eu fazia isso, e hoje eu entendo, que era uma forma de me proteger atrás de alguma coisa que eu não sabia o que era e eu descobri quando eu me encontrei como mulher negra. Porque parece que você precisa desse momento pra entender. É o meu cabelo, é a minha essência, é a minha raiz literalmente. O meu cabelo não tem que ser bonito pra ninguém e eu não tenho que mudar pra ficar bonita.

Por fim, concluiu:

- Sou bonita do jeito que sou, não tenho que mudar por causa de ninguém e por causa do preconceito de ninguém. O preconceituoso é que está com problema, não eu.

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