Confusão faz bloco de Daniel Alves terminar mais cedo na zona Sul de SP
Megabloco de carnaval Good Crazy foi interrompido e terminou mais cedo na tarde deste domingo, 23, por causa de brigas e supostos arrastões
O megabloco de carnaval Good Crazy, do jogador de futebol Daniel Alves, foi interrompido e terminou mais cedo na tarde deste domingo, 23, por causa de brigas e supostos arrastões. O desfile na região do Ibirapuera, zona sul paulistana, estava previsto para terminar às 18 horas, com dispersão uma hora depois, mas terminou às 17h40. No sábado, 22, o bloco Minhoqueens, que passou pela República, também foi encerrado antes da hora por causa de um tumulto.
"Que pena que está tendo muita briga. E, com briga, a gente não consegue continuar. É melhor a gente parar para não machucar mais", disse ao microfone Seu Jorge, músico convidado no Good Crazy, 30 minutos antes do encerramento e 1h30 antes da dispersão. Depois, Daniel Alves foi ao microfone. "A gente tem que fazer a nossa parte, não pode prejudicar quem vem pra se divertir, ser feliz. Carnaval é a nossa maior festa", disse o jogador. "Não vamos estragar quem vem aqui curtir na 'vibe', no respeito", completou. "Vamos viver em paz, ser feliz."
A reportagem registrou ao menos dois rapazes serem atendidos sangrando e um deles chegou a desmaiar. Além disso, ao menos quatro foliões passaram mal e tiveram de ser atendidos por socorristas. Mesmo após o som ser desligado e um membro da produção orientar sobre a dispersão no microfone, muitos foliões permaneceram na via, alguns com aparelhos de som próprios. Foi a primeira vez que o bloco desfilou no carnaval paulistano.
Durante o desfile do bloco Agrada Gregos no sábado, 22, um grupo chegou a pular a grade da Assembleia Legislativa de São Paulo. O bloco parou e pediu para que eles saíssem - do contrário, o cortejo seria interrompido antes da hora. O grupo atendeu ao pedido e o cortejo continuou.
333 presos
O primeiro dia oficial de carnaval no Estado de São Paulo teve 333 detidos entre a 0h de sábado e a 0h deste domingo, 23. De acordo com dados divulgados pelo governo, 36.711 pessoas foram abordadas. No fim de semana passado, mais de 400 pessoas já haviam sido detidas.
Um homem que atacou um motorista com uma faca, na região da Praça da República, na capital, foi detido por policiais militares e encaminhado ao 2º DP, no Bom Retiro. A vítima foi levada para a Santa Casa de Misericórdia. Também na capital, policiais civis prenderam duas venezuelanas na região do Ibirapuera que foram flagradas com mais de 30 telefones celulares roubados ou furtados. O caso foi registrado no 78º DP, nos Jardins.
A Secretaria Municipal das Subprefeituras informa ainda que 36 pessoas foram autuadas ao serem flagradas urinando em vias públicas no sábado. E foram realizadas 1.137 apreensões referentes a comércio irregular nas vias da cidade. Desde 2017, a capital paulista tem uma regra que multa, em R$ 500, quem for flagrado urinando em via pública.
No interior, a Polícia Militar Rodoviária deteve duas pessoas que transportavam armas e munições. Elas estavam em dois veículos que foram abordados por uma equipe do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) na cidade de Taquarivaí. Os policiais encontraram em um dos carros um fuzil, três submetralhadoras, quatro pistolas, cinco carabinas, 200 munições e 38 carregadores.
Ao longo do sábado de carnaval, 39 aparelhos celulares foram apreendidos, sendo quatro recuperados, produtos de roubos e/ou furtos, e 35 sem origem comprovada para averiguação. No período também foram recuperados 74 veículos, 16 quilos de entorpecentes apreendidos e 18 armas retiradas das ruas.
Com uma expectativa de público 25% maior do que a registrada no ano passado, o governo do Estado informa que houve reforço no policiamento. A Operação Carnaval Mais Seguro tem, em média, 15 mil policiais civis e militares atuando por dia em todo o Estado.