CARNAVAL DE VITÓRIA 2023

Confira um resumão de como foram os três dias do Carnaval de Vitória no Sambão do Povo

De sexta a domingo, 19 agremiações abrilhantaram e emocionaram os foliões capixabas

Thamiris Guidoni

Redação Folha Vitória
Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

Três dias de muita folia, samba, brilho e gente bonita! O Carnaval de Vitória 2023 agitou o fim de semana dos capixabas no Sambão do Povo, na capital. Ao todo, 19 agremiações desfilaram de sexta a domingo.

Na sexta-feira (10), entraram na avenida O Grupo A. Imperatriz do Forte, Império de Fátima, Pega no Samba, Independentes de São Torquato, Chega Mais, Mocidade da Praia e Unidos de Barreiros.

Já no sábado (11) foi a vez do Grupo Especial chegar com tudo. Unidos da Piedade, Unidos de Jucutuquara, Novo Império, Independente de Boa Vista, Mocidade Unida da Glória, Andaraí e Chegou O Que Faltava entraram no Sambão do Povo de olho no título. 

Encerrando o terceiro dia do Carnaval de Vitória, os capixabas viram as escolas do Grupo B na avenida do samba. Rosas de Ouro, União Jovem de Itacibá, Mocidade Serrana, Independente de Eucalipto e Tradição Serrana deram um show. 

A escola campeã deste grupo ganha o acesso ao Grupo A em 2024.Já quem for campeã no Grupo A vai para o Grupo Especial.

VEJA UM RESUMO DO QUE ACONTECEU NOS TRÊS DIAS:

Imperatriz do Forte

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

Abrindo dos desfiles do Carnaval de Vitória, a Imperatriz do Forte foi primeira escola a desfilar e levou para a avenida a história de Benedito Meia-Légua, símbolo da luta negra no Vale do Cricaré e nos sertões de São Mateus e Conceição da Barra, no Norte do Espírito Santo.

Dyhego Salazar/Folha Vitória
Dyhego Salazar/Folha Vitória
Paulo Victor Barcellos/Viva Samba
Divulgação/PMV
Dyhego Salazar/Folha Vitória
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Divulgação/PMV
Andriel Tolentino/Viva Samba
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THAMIRIS GUIDONI

À frente da bateria, a rainha Patrícia Telles surpreendeu com um figurino em pedraria da cabeça aos pés.

A agremiação desfilou com 1.2 mil componentes, divididos em 15 alas e dois carros alegóricos. Os primeiros integrantes entraram com quase 10 minutos de atraso, o que resultou em um desfile mais "corrido" para as outras alas.

Império de Fátima

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

A Império de Fátima foi a segunda escola a entrar na avenida e sacudiu o público presente no Sambão do Povo com o enredo "Não dá mais pra segurar, explode coração!".

Com uma explosão de alegria e cores, a agremiação teve Sindy Lopes à frente da bateria e retratou as emoções humanas, desde o amor e a alegria, até ganância e ódio. Uma das surpresas da noite foi um carro alegórico, que abordou o meio ambiente, o garimpo e os indígenas.

Pega no Samba

Foto: Divulgação/PMV

Terceira escola a entrar na avenida, a Pega no Samba levou para o público a cultura da favela. O samba-enredo “Era Só Mais um Cria” contagiou quem esteve presente.

Ao todo, 900 componentes desfilaram pela agremiação, que carrega as cores azul, vermelho e branco, e já impressionou os foliões logo no início, com uma comissão de frente formada por todos os orixás. Eduarda Lima foi a rainha de bateria.

Independentes de São Torquato

Foto: Dyhego Salazar/ Folha Vitória

As mulheres foram homenageadas pela Independentes de São Torquato, através da toada capixaba Madalena, com o samba-enredo “Madalena, Muito Mais que um Bem Querer”.

A escola desfilou com 1 mil componentes e apresentou a representação de lugares conquistados pelas mulheres. A agremiação entrou na avenida ´com muito brilho, animação e animação.

E para esta ano, uma surpresa na bateria, que teve Keyciane Rondnitzky como rainha: um grupo de congo fez parte da festa, que colocou todo mundo da avenida para sambar.

Chega Mais

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

A Chega Mais, quinta escola a desfilar, focou o samba na força pulsante da cultura produzida nas favelas e nas comunidades periféricas.

A escola exaltou as favelas com o enredo "No Alto do Morro, no Topo do Mundo! Dai ao Quadro O Que é Da Arte". À frente da bateria, Patrícia Cruz brilhou mostrando samba no pé e muita empolgação. 

Os 900 componentes, distribuídos em 18 alas, 3 alegorias e 1 tripé, narraram na avenida toda a arte que nasce na favela, mais especificamente no Morro do Quadro, em Vitória, distribuído entre ruas, vielas e becos.

O desfile ainda contou com a participação de artistas e projetos culturais, desenvolvidos nas comunidades periféricas, contribuindo para que jovens não sejam atraídos pela criminalidade.

Mocidade da Praia

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

A Mocidade da Praia entrou no Sambão do Povo ao amanhecer. A agremiação celebrou a história da Praia do Canto fazendo referência a uma história de amor entre o pescador Dondon e Dona Neném.

O enredo "Meu canto e seus encantos: o mar, batucadas e flores, a Mocidade e todos os amores..." foi defendido por um samba empolgante, que levantou quem ainda estava nas arquibancadas e camarotes.

A escola desfilou com 900 componentes, distribuídos em 15 alas e 5 alegorias. A agremiação usou e abusou do azul, do verde e do branco remetendo ao mar. Na comissão de frente, São Pedro iniciava o cortejo acompanhado de uma mulher indígena.

A bateria surpreendeu com paradinhas. Ao final do desfile, os foliões tiveram que se apressar para não correr o risco da escola sofrer com atrasos. Ela saiu da avenida com 54 minutos e 49 segundos de desfile.

Unidos de Barreiros

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

Fechando a primeira noite de desfiles no Sambão do Povo, a Unidos de Barreiros, abordou a cultura negra passando longe de estereótipos.

A escola de São Cristóvão levou o enredo que relembrava a trajetória dos povos africanos e a influência na história do Brasil dando ênfase ao empoderamento da raça negra.

A escola exaltou o rico passado das civilizações africanas que deram origem à história do mundo já que a África é considerada o berço da humanidade.

A bateria, que teve Taty Anna Neves, cria da comunidade, como rainha, veio caracterizada do bloco Filhos de Gandhy e, em alguns momentos, mesclou samba com o ritmo do afoxé.

A Barreiros terminou o seu desfile com 54 minutos e 17 segundos, encerrando o primeiro dia de desfiles no Sambão às 7 horas

SEGUNDO DIA DE DESFILES

Sete escolas do Grupo Especial passaram pelo Sambão do Povo entre a noite de sábado (11) e a madrugada deste domingo (12).

Unidos da Piedade

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

A Unidos da Piedade abriu os desfiles de sábado (11) e mostrou as lutas do povo negro para conquistar o espaço no cenário capixaba.

Com o samba-enredo "Bino Santo e os mistérios que ecoam nos morros", a agremiação desfilou com 1.6 mil integrantes e levou uma mensagem importante para a passarela do samba: "todos são santos e santas... santos da vida, da luta, da arte, da boemia".

Durante o desfile, um cachorrinho, que parecia perdido, logo se encontrou em uma das alas e acompanhou a escola em parte do cortejo.

A Piedade enfrentou dificuldades com o som, que falhou em alguns momentos, mas os integrantes da escola e também os foliões, sustentaram o ritmo.

O último carro alegórico, que trazia o sambista, lenda do carnaval capixaba, Edson Papo Furado, de 83 anos, acabou ultrapassando a linha de segurança logo após entrar na avenida, mas o problema foi resolvido e o público comemorou.

Unidos de Jucutuquara

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

A Unidos de Jucutuquara fez do Sambão do Povo palco de uma homenagem aos nordestinos, esbanjando cores, alegria e muita animação.

Com o enredo "Onde 'ocê' foi morar?", que contagiou os foliões e fez todo mundo cantar, a agremiação exaltou quem saiu do Nordeste e escolheu a capital do Espírito Santo para tentar novas oportunidades, em busca de melhores condições de trabalho.

Ao todo, foram 1.2 mil integrantes, divididos em três carros alegóricos e 18 alas. Uma das surpresas da agremiação foi o som da sanfona no meio do enredo, que empolgou ainda mais e deu um toque diferente ao desfile.

Primeira porta-bandeira da Jucutuquara, Marisa Barcelos entrou à frente da agremiação. 

Um dos destaques foi a ala das baianas, cuja fantasia era "Lavando cores e encantos", representando as lavadeiras que se espalhavam ao longo do rio São Francisco com suas bacias de roupa.

A Jucutuquara também reverenciou a literatura de cordel, destacando o rouxinol, pássaro que seria o responsável por anunciar boas novas e abençoar o destino dos retirantes.

Novo Império

Foto: Divulgação/PMV

Atual campeã do Carnaval de Vitória, a Novo Império entrou na avenida na madrugada de domingo (12) com muita riqueza e esplendor, exaltando a realeza e todos os seus aspectos.

A coroa, que também está presente na bandeira da escola, fez parte da comissão de frente, que surpreendeu com uma coreografia em harmonia e foi muito aplaudida pelos foliões.

Com o enredo "Imperium - Abram Alas para Vossas Majestades", a agremiação de Caratoíra, em Vitória, fez todo mundo cantar, com um samba-enredo contagiante entoado por Kléber Simpatia.

Um dos grandes destaques no desfile foi a Orquestra Capixaba de Percussão, que abusou das bossas, se ajoelhou na passarela do samba e ouviu, como resposta, não apenas a comunidade, mas o Sambão do Povo inteiro cantando junto com a família imperiana.

A vencedora do concurso Miss Universo Brasil 2022, a capixaba Mia Mamede, desfilou na ala exclusiva "Beleza Máxima", junto com outras 18 candidatas ao Miss Universo Espírito Santo.

Já a rainha de bateria Rayane Rosa esbanjou samba no pé junto com seus ritmistas ao encarnar Dandara de Palmares.

Independente de Boa Vista

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

A Independente de Boa Vista entrou no Sambão do Povo às 2h38 de domingo (12), mirando o título do Carnaval capixaba com enredo falando do riso e da comédia.

Agremiação cumpriu o desfile em 60 minutos, respeitando o prazo máximo permitido (62 minutos). O samba teve a participação especial do comediante carioca Marcelo Adnet.

Neste Carnaval de 2023, a escola de Cariacica quis contagiar os foliões com muita alegria com o enredo "Humor tanto riso oh quanta alegria... No tom da canção a Boa Vista contagia!". Nele, a agremiação traçou a história do riso e do humor da Idade Média aos dias atuais.

Como todos os sambas da escola de Itaquari, o refrão grudou na cabeça e empolgou. O público nas arquibancadas cantou durante todo o tempo o "Abraça e me beija, cheguei pra fazer a galera sorrir...". E com direito a coreografia, com a mão em punho para o céu na hora o verso de destaque: "Sorrir é resistir"

O desfile teve alegorias luxuosas e fantasias vistosas. Os carros alegóricos impressionavam pelo tamanho e pelo acabamento. O primeiro carro, que homenageava nomes históricos do humor brasileiro, como Chico Anysio e Dercy Gonçalves já disse a que veio: a Boa Vista entrou com fome de título, que não vê desde 2020.

Ao longo do cortejo, as 18 alas faziam referência às várias facetas do humor: houve homenagem aos Trapalhões, a Jô Soares, Paulo Gustavo, à turma do Chaves.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira chamou a atenção pela beleza e lirismo encarnando Jesus Cristo e Nossa Senhora, com os figurinos do filme "O Auto da Compadecida".

A Boa Vista também fez a crítica ao colocar piadas sem graça presentes na vida nacional como a politicagem e a cartolagem no futebol, que manipula resultados.

O último carro trouxe comediantes capixabas como Rossini Macedo, intérprete de Tonho dos Couros, e a galera jovem do stand up comedy, como Haeckel Ferreira. O carro era uma releitura do programa humorístico "A Praça é Nossa".

Fechando o desfile, a simpática ala dos garis sorridentes arrancou mais aplausos e aprovação do público.

Mocidade Unida da Glória

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

A Mocidade Unida da Glória (MUG) convidou o público a embarcar numa viagem pegando o trem para Colatina. E a passagem era de primeira classe. Marcando o retorno do carnavalesco Peterson Alves, a agremiação levou para o Sambão do Povo a história de Colatina, a Princesinha do Norte.

O primeiro carro alegórico, cartão de visitas da escola, foi uma imensa locomotiva vermelha, branca e dourada, com direito a fumaça saindo do maquinário. A alegoria gigantesca impressionou o Sambão.

O desfile foi embalado pelo enredo "A Caminho das Terras do Sol Poente". Na avenida, fatos e referências que identificam o colatinense. As alas destacaram o papel de Colatina na indústria têxtil e de confecção, uma das forças motrizes da economia da região.

Outra marca foi a da produção cafeeira. Um caprichado carro simulava torres de torrefação do grão ao lado de xícaras e bules gigantescos com um toque especial: exalava um aroma de café que preencheu toda a avenida.

Fechando o desfile, um carro fez justiça à fama de que o por do sol em Colatina é o mais bonito do Brasil. A alegoria representava a cidade completamente dourada pelos raios de um imenso astro-rei sendo protegido pelo Cristo Redentor, outro cartão postal da cidade.

Andaraí

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

Com o sol japarecendo, a Andaraí levou para a avenida a riqueza da literatura de cordel, em busca do título de campeã do Carnaval de Vitória.

Para isso, a escola contou com o trabalho do experiente e campeão tanto na Sapucaí quanto no Sambão do Povo, o carnavalesco Cid Carvalho.

Ele concebeu um enredo mostrando que o fascínio despertado pelo livro "Carlos Magno e os Doze Pares de França" motivava sessões de leitura em voz alta no interior do Nordeste até o princípio do século 20, permitindo o seu aprendizado inclusive por quem não sabia ler.

Um dos destaques foi a ala das baianas, cuja estética medieval foi ricamente trabalhada nas fantasias.

Já os bonecos mamulengos, que fazem parte da cultura popular nordestina, inspiraram as fantasias do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola, Marcos Paulo e Alana Marques. Os guardiões da dupla representavam os balões das festas juninas.

As rendas e as mulheres rendeiras, que simbolizam a cultura do Nordeste, ganharam ares de realeza ao serem representadas por Fernanda Passon, a rainha de bateria da Andaraí. Sob o comando do mestre Kaio Amorim, os ritmistas executaram com maestria um samba forrozeado e divertido.

O rio São Francisco também foi homenageado, assim como os profetas do sertão, artistas diversos, famosos e anônimos, orgulhosos da cultura e de suas raízes.

Chegou O Que Faltava

Foto: Dyhego Salazar/Folha Vitória

Contando com a presença ilustre de Evelyn Bastos, rainha de bateria da Mangueira, como musa da escola, a Chegou O Que Faltava encerrou o desfile do Grupo Especial.

Para buscar o sonhado título de campeã, os carnavalescos Jorge Mayko e Vanderson Cesar levaram para a passarela do samba o enredo "O tesouro que faltava", desfilando os tesouros do Espírito Santo e valorizando a própria agremiação e a comunidade que faz a história da escola.

A escola seguiu as pistas com um brilho especial e fala sobre piratas em uma caça ao tesouro, que vale mais que ouro.

E como acontece em todo Carnaval, teve emoção, adrenalina e gente dando um verdadeiro show na avenida. Durante o desfile, uma das passistas perdeu uma das sandálias durante evolução no Sambão, mas não deixou a peteca cair.

Já a tradicional ala das baianas representou os causos em torno de um lendário tesouro relacionado à Igreja de Nossa Senhora das Neves, em Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo.

O símbolo maior da gastronomia e das raízes indígenas do Espírito Santo não poderia ficar de fora da escola de Goiabeiras: a ala das baianinhas representou as panelas de barro.

E entre os tesouros da escola, a velha guarda desfilou orgulhosa, conduzida por dona Terezinha Rodrigues, com seus 78 anos.

TERCEIRO DIA DE DESFILES - GRUPO B

O último dia de desfiles das escolas de samba do Carnaval de Vitória 2023, que aconteceu no domingo (12), no Sambão do Povo, foi marcado por criatividade, capricho e emoção.

Cinco agremiações do Grupo B, que buscam o acesso para desfilar pelo Grupo A, em 2024, apresentaram o resultado de um trabalho exaustivo, com o objetivo de encantar o público e os jurados.

Rosas de Ouro 

Foto: Divulgação | Prefeitura de Vitória
É festa! De janeiro a janeiro, viva o povo brasileiro! 

Tradições populares, fé e folclore do Brasil deram o tom no desfile da escola serrana Rosas de Ouro, a primeira a desfilar no terceiro dia de desfiles. A agremiação trouxe o enredo "É festa! De janeiro a janeiro, viva o povo brasileiro!."

Com um refrão forte e fácil de ser memorizado pelo público, a escola de Serra Dourada agitou o Sambão do Povo durante sua evolução. "Vai brilhar Rosas de Ouro, meu maior tesouro Luz da minha vida, atrevida pulsação É festa, amor e nossa saudade vai virar felicidade No grito de campeão", ecoava o público junto com os intérpretes.

Acompanhado de efeitos especiais, o carro alegórico retratou a igreja de São Benedito. As coreografias bem ensaiadas animaram o público, que assistia de pé o espetáculo da avenida.

União Jovem de Itacibá

Foto: Divulgação | Prefeitura de Vitória
Axé meu Recôncavo

Com o enredo "Axé meu Recôncavo", a União Jovem de Itacibá foi a segunda escola a desfilar.

A avenida foi tomada pelos encantos e magia da Bahia, Estado que se destaca por sua forte tradição musical, com destaque para a música de raiz, como o samba de roda e o maracatu, e a música religiosa, como o candomblé e o axé.

Alunos da escola A.c.a.p.o.e.i.r.a enriqueceram uma das alas com instrumentos e movimentos da capoeira.

Com fé e axé, a escola cruzou a linha de chegada com muita festa e esperança pela classificação para o Grupo A.

Mocidade Serrana

Foto: Divulgação | Prefeitura de Vitória
Sou anjo, sim! O anjo negro!

A Mocidade Serrana foi a terceira escola a desfilar. Com o enredo "Sou anjo sim, sou anjo negro", a escola levou para a avenida a história de uma figura lendária no samba capixaba: Edson Rodrigues Nascimento, mais conhecido como Edson Papo Furado.

A comissão de frente trouxe fantasias de São Benedito e de guerreiros que lutam pela sobrevivência dia após dia.

Os carros e fantasias caprichados representavam os pássaros, CD´s e as notas musicais. As homenagens a Edson Papo Furado emocionaram a plateia. As coreografias bem ensaiadas animaram o público, que vibrou ao ver o homenageado no último carro da escola.

Independente de Eucalipto 

Foto: Divulgação | Prefeitura de Vitória
Do Yorubá ao Santuário do Negro

"Do yoruba ao santuário negro". Foi com esse enredo que a escola Independentes de Eucalipto levou para o Sambão a história do Museu do Negro de Vitória, o Mucane, e a África.

Com cores vibrantes, como laranja, azul e amarelo, a comissão de frente retratou a resistência do povo africano.

A sincronia e o samba no pé de toda a escola levantaram a arquibancada, que cantou em voz alta o refrão do samba-enredo, "Quando toca o tambor negro canta sua fé."

Zumbi dos Palmares e Machado de Assis, figuras importantes da história do Brasil, foram retratados na última ala da escola, que trazia grandes nomes de personagens negros.

Tradição Serrana

Foto: Folha Vitória
Do Reis Magos ao Goiapaba-açu, uma história com raízes

Com o enredo "Do Reis magos ao goiapaba-açu, uma história com raízes", a Tradição Serrana, última escola a desfilar, fez reverência ao trabalho do povo negro que construiu as origens de diversas cidades do Espírito Santo, entre elas, Serra e Fundão.

A escola campeã deste grupo ganha o acesso ao Grupo A em 2024. Já quem for campeã no Grupo A vai para o Grupo Especial.

*Participaram da cobertura do Carnaval de Vitória: Dyhego Salazar, Gabriel Barros, Marcelo Pereira, Thamiris Guidoni e Thaiz Blunck

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