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Mãe de Whitney Houston defende mulher acusada de ter molestado a cantora

Entretanto, em entrevista ao site norte-americano People, Cissy defendeu Dee Dee de todas as acusações. Ela escreveu uma declaração junto com Dionne Warwick, irmã de Dee Dee, onde deixa claro que toda a história mostrada no filme não condiz com a realidade que ela conhecida

Redação Folha Vitória

A mãe de Whitney Houston, Cissy Houston, falou pela primeira vez sobre as acusações que sua sobrinha, Dee Dee Warwick, sofreu recentemente. O documentário Whitney, que retrata a vida da cantora desde sua infância até sua morte, expôs um suposto abuso que a artista teria sofrido nas mãos de Dee Dee quando criança. De acordo com o filme, Whitney e seu irmão mais velho, Gary, teriam sido molestados por Dee Dee durante anos, mas optaram por não tornar a história pública, nem mesmo a seus familiares. É importante ressaltar, ainda, que o documentário foi feito através de entrevistas com pessoas da família da cantora, assim como falas de seus amigos mais próximos.

Entretanto, em entrevista ao site norte-americano People, Cissy defendeu Dee Dee de todas as acusações. Ela escreveu uma declaração junto com Dionne Warwick, irmã de Dee Dee, onde deixa claro que toda a história mostrada no filme não condiz com a realidade que ela conhecida. A acusada, inclusive, morreu em 2008 aos 66 anos de idade, após lutar por anos contra o vício em substâncias ilícitas, assim como Whitney.

Confira a declaração de Cissy e Dionne abaixo:

Minha sobrinha Dionne Warwick e eu escrevemos esta declaração para elevar nossas vozes acima da polêmica em torno do lançamento do filme Whitney. Embora o filme seja comercializado como um projeto aprovado pela família Houston, nem meu filho, Michael, nem Dionne, e nem eu sabíamos das alegações de abuso, nem da direção que o filme tomaria, até dois dias antes de sua exibição em Cannes.

Para começar, queremos afirmar claramente que o horror que as vítimas da experiência de abuso sexual passam é inimaginável. Não tentamos minimizar a dor, o trauma e, talvez, os danos físicos das vítimas de abuso ao longo de suas vidas. Entendemos e reconhecemos que não há regras que regem a reação de uma pessoa ao trauma e cada pessoa reage de maneira diferente. Por esta declaração, não pretendemos defender, desculpar ou negligenciar o crime de abuso sexual.

Não podemos, contudo, minimizar o choque e o horror que sentimos, e tenho dificuldade em acreditar que minha sobrinha Dee Dee Warwick (irmã de Dionne) molestou dois dos meus três filhos.

Foi-me dito - como justificativa para o tema invasivo deste filme - que Whitney era uma pessoa pública e, portanto, o público tem o direito de saber tudo sobre ela. Eu digo, NÃO, ela era uma pessoa famosa... uma cantora, uma atriz, uma filantropa quieta, mas generosa. Seu trabalho não dá direito ao "público" de conhecer todos os detalhes íntimos de sua vida além do que ela mesma revelou durante sua vida. Embora ela tenha falado sobre sua luta contra as drogas, as intervenções, sua filha Krissi e problemas em seu casamento, ela nunca falou PUBLICAMENTE sobre o fato do pai ter roubado dela, ou ter revelado qualquer alegação de que ela havia sido molestada. Se ela foi molestada, não acredito que ela gostaria que isso fosse revelado pela primeira vez a milhares, talvez milhões de pessoas, em um filme.

Eu conheço a mulher que foi identificada como a "confidente íntima" de Whitney. Se ela fosse a "confidente íntima" da minha filha, parece que ela escolheu trair a confiança de Whitney ao divulgar boatos e fofocas. Em todo caso, Dionne, Michael e eu não a conhecemos da maneira que conhecíamos e amamos Dee Dee Warwick. Dee Dee pode ter tido seus desafios pessoais, mas a ideia de que ela teria molestado meus filhos é esmagadora e insondável para nós. Não podemos conciliar a necessidade do público de saber sobre a vida de Whitney como justificativa para a invasão de sua privacidade ou a acusação contra Dee Dee, uma acusação que nem Whitney nem Dee Dee estão aqui para negar, refutar ou afirmar. Nem eu, Dionne, nem meu filho Michael, que era muito próximo de sua irmã, e no filme é MUITO sincero sobre o uso de drogas deles, já ouvi essas alegações; nós nunca ouvimos nada remotamente ligado aos crimes cometidos contra Dee Dee no filme. Como isso pode ser justo para minha filha, para Dee Dee ou para nossa família?

Estou com o coração partido com o fato de que, apesar de tudo o que ela conquistou, fãs e haters agora têm a noção de que ela viveu sua vida como uma vítima. Ela cometeu erros e nos últimos anos viveu sua vida nas garras das drogas que a levaram e todas as conseqüências disso, tanto como mulher quanto como mãe. Ela amava Krissi de todo o coração e fazia o melhor que podia como mãe de Krissi, mas estar em luta com as drogas é inconsistente em ser uma ótima mãe. Ela enfrentou desafios em sua vida, exacerbada pela fama, divórcio e problemas familiares, mas ela não foi uma vítima.

Depois que as pessoas virem o filme, elas tirarão suas próprias conclusões e não estamos tentando mudar isso. Nós só queremos que as pessoas saibam que existe outro lado. Enquanto os cineastas certamente tinham o direito legal de fazer esse filme, eu me pergunto moralmente até que custo.

O documentário ainda explorou outras questões importantes da vida de Whitney. Veja os tópicos abaixo:

A verdade sobre Robyn

Embora Whitney tenha namorado homens publicamente, amigos e familiares confirmaram os rumores de que seu relacionamento com a melhor amiga, Robyn Crawford, já foi romântico.

- Robyn amava Whitney. Ela também era muito jovem e provavelmente não estava preparada para suportar as críticas. Se eu acredito que também era um relacionamento amoroso? Sim, eu acredito. Quando adolescente, Whitney correu da casa da mãe para os braços de Robyn. Mas pelo que eu entendi, quando Whitney estava se tornando uma estrela em meados dos anos 80, as duas já tinham uma amizade muito próxima, alegou Nicole David, agente de Whitney.

O efeito Bobby Brown

Após se casar com Bobby Brown em 1992, os problemas de fama e drogas de Houston alcançaram novos patamares - e o comportamento errático do casal tornou-se alimento para os tabloides.

- O problema com Whitney e Bobby foi que eles exacerbaram o vício um do outro. Ele consumia mais cocaína, bebia mais. Mas quando eles se juntaram, os dois começaram a consumir mais cocaína e bebidas alcoólicas. E tudo se manifestou de um jeito muito ruim, comentou a amiga e cabeleireira da cantora, Ellin LaVar.

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