PEDRO PERMUY

Entretenimento e Cultura

Marcel Malczewski: quem é o “dono” de R$ 250 milhões para startups do ES

Também jurado do Espírito Startups, da TV Vitória/Record TV, o fundador da TM3 Capital é quem administra o Fundo Soberano do governo do Estado

Pedro Permuy

Redação Folha Vitória
Foto: Vitor Carvalho

O homem do dinheiro é, definitivamente, ele: Marcel Malczewski.

Isso porque o empresário que é fundador da TM3 Capital é quem coordena - e define quem será patrocinado - o Fundo Soberano do Espírito Santo (concebido pelo Bandes). 

Hoje, o valor que está disponível para ser aportado é de R$ 250 milhões, em um prazo de cinco anos, que já foi parte investido em cinco empreendimentos no mês passado. A transação foi feita em uma visita do paranaense ao Estado.

“Nós somos uma gestora de fundo de investimento que investe em tecnologia e fomos selecionados em edital para esse projeto aqui, então somos gestores dele. O cotista é o Bandes, mas no fim do dia, quem faz os cheques somos nós”, brinca, em bate-papo com a Coluna Pedro Permuy.

Foto: Vitor Carvalho
Marcel e o diretor-presidente do Bandes, Munir Abud

Marcel, além de empresário que é verdadeira assumidade em tecnologia, é um dos jurados do Espírito Startups, o primeiro reality de negócios do Espírito Santo que vai ao ar aos sábados na TV Vitória/Record TV às 14h, após o Balanço Geral. O CEO é o sexto e último de alguns dos empresários que foram perfilados por este colunista, que não dorme no ponto.

O primeiro foi Rogério Salume, da Wine; depois, foi a vez de Francisco Carvalho, da Timenow; o terceiro foi Rodrigo Miranda, da Americanas Delivery; em seguida, foi Antonio Toledo, também da Timenow; em quinto lugar, Catia Horsts, da Rhopen e UseRH.

Foto: Vitor Carvalho
Ricardo Frizera (à dir.) é o apresentador do Espírito Startups

Na prática, o fundo soberano funciona assim: a startup apresenta seu projeto, a empresa de Marcel analisa a ideia e, dependendo, libera o dinheiro em cheque que tanto pode ser de R$ 300 mil, por exemplo, como de até R$ 5 milhões ou R$ 6 milhões. “Depende do tamanho, do avanço, da projeção… Mas a ideia é abarcar um número robusto de empresas nesses cinco anos, sem queimar recurso antes desse prazo”, fala.

LEIA TAMBÉM: Marcus Buaiz celebra aniversário com filhos, mãe, irmã e sobrinhos; famosos parabenizam

Como ele explica, além da verba, as empresas receberão uma espécie de mentoria especializada que as ajudará na gestão dos negócios. “O que o empresário aprenderia ao longo de 1 ano ou 2, ele vai aprender em 1 mês ou 2. Com uma parceira nossa no projeto. É uma escola de startup de sucesso”, reitera.

Depois de investidos, esses R$ 250 milhões podem virar até R$ 750 milhões que vão voltar aos cofres públicos em até outros 5 anos (ou seja, daqui a uma década). “Nós fazemos o investimento e compramos participação nas empresas nos primeiros cinco anos. Depois, têm mais cinco anos para esse dinheiro voltar, corrigido e multiplicado, de acordo com o lucro”, complementa.

LEIA TAMBÉM: Catia Horsts: a toda-poderosa do RH no ES que é top da inovação feminina

E continua: “É um ganha-ganha enorme. Você estimula empreendimentos, gera emprego, traz a turma da faculdade para o mercado e permite startups terem sucesso”. O fundo é o maior do segmento do Brasil e está entre os tops do País, também, em questão de ineditismo.

“E é um estado pequeno. Se comparado a Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia… O Espírito Santo está espremido de estados grandes, mas está em um patamar de ações e projetos do ecossistema de tecnologia bem mais avançado do que a gente mesmo imagina”, fala ele, que fundou sua primeira startup aos 25 anos de idade (hoje ele tem 57).

Parte desse sucesso capixaba todo que chama a atenção do Brasil é atribuído por Marcel a iniciativas de divulgação, como a que acontece pelo reality da emissora da Rede Vitória.

LEIA TAMBÉM: Herdeiro milionário e amigo de famosos: quem é o suposto affair de Isis Valverde

“O Espírito Startups mostra que há uma nova economia, há jovens empreendendo no setor de tecnologia. O cara olha e parece algo do Vale do Silício, da Alemanha, no Japão… Não, são pessoas daqui, próximas, normais. O impacto educativo é superimportante para movimentar a sociedade e permitir que a sociedade entenda que isso está acontecendo aqui, fora o aspecto de estímulo ao empreendedorismo”, avalia, terminando. 

Pontos moeda