Lázaro Ramos critica onda de remakes e fala sobre Elisa Lucinda
Homenageado em festival de cinema em Vitória, o ator ainda falou sobre o desejo de voltar à Capital e sobre as leis de incentivo à cultura capixaba
Lázaro Ramos foi o grande homenageado da 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória (FCV), recebendo o Troféu Vitória e o Caderno do Homenageado.
Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (25) sobre o lançamento do "Caderno do Homenageado", na Capital capixaba, o ator e diretor criticou a onda de remakes na teledramaturgia brasileira, ressaltando a necessidade da liberdade de criação dos roteiristas e diretores.
Lázaro também compartilhou suas experiências pessoais e profissionais, incluindo o período em que morou com a atriz capixaba Elisa Lucinda, uma fase que ele descreveu como enriquecedora.
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Ele expressou o desejo de voltar a Vitória e comentou sobre as leis de incentivo à cultura no Espírito Santo, destacando a importância de políticas culturais robustas para o desenvolvimento artístico.
Reconhecido por seu trabalho no cinema e na televisão, Lázaro Ramos iniciou sua carreira no teatro e ganhou destaque com papéis em produções da Rede Globo, como “Cobras & Lagartos” e “Mister Brau”.
No cinema, é conhecido por atuações em “Madame Satã” e “Cidade Baixa”. Além de atuar, Lázaro tem se destacado como diretor e roteirista, com projetos notáveis como “O Compadre”. Recentemente, ele tem se dedicado a projetos voltados para o público infantil, continuando a influenciar a cultura brasileira com seu trabalho diversificado.
Crítica a onda de remakes
Durante a coletiva, Lázaro foi perguntado sobre a onda de remakes atual na teledramaturgia brasileira. Ele falou sobre seu último personagem, ressaltou a falta de liberdade criativa dos roteiristas e falta de histórias originais que tocam o coração do público.
Recentemente, ele deu vida ao personagem Mário Fofoca, um detetive atrapalhado e carismático do remake da novela "Elas por Elas", novela originalmente exibida nos anos 1980 pela Rede Globo.
A interpretação de Lázaro trouxe uma nova abordagem ao personagem, combinando humor e sensibilidade, e destacou seu talento versátil como ator.
"Há essa necessidade de deixar os roteiristas trabalharem em histórias reais, que toquem o coração do público. Os jovens de hoje em dia não estão acostumados com histórias grandes, até nos filmes da Marvel, a cada sete minutos precisa ter uma reviravolta, e na intenção de atingir este público, acaba que as novelas ficam rápidas demais, perde-se a criatividade na escrita e na criação", destacou Lázaro.
Morar com Elisa Lucinda e desejo de voltar a Vitória
Lázaro também contou que a vivência capixaba que tem foi quando morou com a atriz Elisa Lucinda, uma de suas inspirações. Sua história com a atriz começa quando era mais novo, quando ia ao teatro assistir a artista nos palcos.
Os dois também contraceram juntos no longa-metragem "Pai é Pop", trazendo à tela uma relação familiar comovente e cheia de nuances. O filme, baseado em um livro homônimo, aborda temas como paternidade e os desafios e alegrias de criar filhos.
Lázaro interpreta o protagonista, um pai que se esforça para equilibrar a vida profissional e pessoal, enquanto Elisa Lucinda desempenha um papel de destaque, contribuindo com sua experiência e carisma para o desenvolvimento da narrativa.
"Ainda preciso vir para Vitória. As vezes que passei aqui foi para almoçar durantes viagens maiores. Mas morei com Elisa Lucinda, que é capixaba, pude dividir com ela um pouco da cultura capixaba e de sua trajetória, ela com certeza é uma das minhas inspirações", disse Lázaro.
Lázaro fala sobre leis de incentivo à cultura
O ator também destacou a importãncia das políticas públicas de incentivo à cultura, destacando como elas podem apoiar artistas e projetos culturais, especialmente aqueles de comunidades marginalizadas.
Ele contou sobre iniciativas e debates de maior financiamento e suporte institucional para as artes, argumentando que isso é fundamental para o desenvolvimento cultural do país.
"Eu vim desse lugar, onde foi necessário se apoiar em políticas voltadas para a cultura para poder crescer na minha carreira. Por isso, a importância em levar essas políticas públicas para essas pessoas em vulnerablidade social. Elas precisam de oportunidades, mas precisam que sejam vistas primeiro", concluiu Lázaro.
*Texto sob supervisão da editora Erika Santos