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O clássico de 1959, recorde de prêmios da Academia

Redação Folha Vitória

São Paulo - Durante toda a década de 1950, Hollywood foi perdendo espaço para a televisão. Em 1959, uma das maiores companhias do cinema - a Metro, marca do leão - resolveu radicalizar. Em 1958, a empresa ganhara os Oscars de filme e direção por Gigi, e o filme de Vicente Minnelli, pai de Liza, foi uma espécie de despedida do gênero. A Metro encerrou sua unidade de musicais, mas, no ano seguinte, ganhou de novo, melhor filme e direção, mais nove prêmios da Academia, por Ben-Hur. Foram 11 Oscars - um recorde que só seria igualado por Titanic, de James Cameron, quase 40 anos depois.

Ben-Hur! O romance do General Lew Wallace já havia sido filmado por Fred Niblo, com Ramon Novarro, em 1925. A tale of the Christ, uma história dos tempos de Cristo. O novo diretor era William Wyler, um dos mais prestigiados de Hollywood, duas vezes vencedor dos Oscars de filme e direção, por Mrs. Minniver/Rosa da Esperança e Os Melhores Anos de Nossas Vidas, ambos dos anos 1940. Filmado em Roma - Hollywood no Tigre -, Ben-Hur foii vendido como o maior filme, até então. Mas Wyler, sempre atraído por dramas psicológicos, não o via assim. O que lhe interessava era o embate entre Ben-Hur e seu outrora amigo, Messala. Mais que um drama intimista, era político.

Totalmente focado no drama, Wyler delegou à equipe de segunda unidade (Andrew Marton, Yakima Canutt e o diretor italiano Mario Soldati) a realização da cena mais famosa, a corrida de bigas. Gore Vidal era um dos roteiristas. Gay assumido, sempre se vangloriou de ter feito da relação de amor e ódio de Judá e Messala a história de um par gay. Charlton Heston, que ganhou o Oscar de ator, nunca percebeu. "Era tão reacionário que teria caído fora", ironizava Vidal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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