Entretenimento e Cultura

Após Dony De Nuccio, Globo nega que Rodrigo Bocardi e Renata Vasconcellos tenham feito negócios com banco

Além disso, a Globo informa que alguns de seus funcionários procuraram a direção de jornalismo para esclarecer se os negócios que fazem com terceiros afeta o código de ética da casa

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Instagram

Dony De Nuccio, que apresentava o Jornal Hoje, pediu demissão da TV Globo essa semana após vir à tona que o jornalista feriu o código de ética da emissora, fechando contratos milionários com um banco, para o qual fez trabalhos considerados como publicidade.

Depois de os fatos terem sido esclarecidos, outros dois jornalistas da casa tiveram que se pronunciar, já que supostamente teriam participado de casos parecidos com o de Dony: Rodrigo Bocardi, que apresenta o Bom Dia São Paulo, e Renata Vasconcelos, que divide a bancada do Jornal Nacional.

Segundo informações da revista Veja, Renata realizou um vídeo de divulgação interna do banco, fazendo propaganda. Já no caso de Bocardi, há pelo menos quatro notas fiscais referentes a serviços prestados por ele para este mesmo banco.

Por meio da assessoria, a Globo esclareceu a posição de seus funcionários por meio do seguinte comunicado:

Rodrigo Bocardi não tem e nem nunca teve uma empresa como a do jornalista Dony de Nuccio: não produz vídeos de nenhuma espécie, não faz projetos de comunicação, não faz vídeos publicitários, não capta clientes, não faz assessoria de imprensa. Sua PJ é o meio usado para que seja remunerado por palestras, mediação de debates ou apresentação de eventos, sempre fechados, sem transmissão ao público. A nota fiscal encaminhada se refere a uma série de nove palestras, realizadas há dois anos, para funcionários, sobre a sua trajetória e carreira, em evento fechado e sem transmissão.

Já em relação à Renata, a emissora disse o seguinte: Renata Vasconcellos não lembra precisamente de quando foi a participação no vídeo interno ao qual às fotos se referem, mas estima que deve ter ocorrido há oito anos ou dez anos. O vídeo não foi obviamente produzido por ela: ela apenas foi contratada como apresentadora para um trabalho voltado a funcionários.

Além disso, a Globo informa que alguns de seus funcionários procuraram a direção de jornalismo para esclarecer se os negócios que fazem com terceiros afeta o código de ética da casa:

A direção de Jornalismo da Globo informa que foi procurada por alguns de seus jornalistas que relataram que foram contratados por terceiros para participação em eventos institucionais gravados em vídeo, mas sempre com proibição expressa de que as imagens fossem veiculadas ao público externo ou a clientes. Em alguns casos, a participação se deu com autorização da Globo por não ferir as políticas atuais da empresa. Em outros casos, a participação foi inadequada, mas sem má-fé. Todos informaram que não possuem empresas prestadoras de serviços de marketing, assessoria de imprensa ou de projetos de comunicação empresarial. A Globo, ciente agora de que persistem em alguns dúvidas sobre como agir diante de convites, informou que em breve um comunicado reiterará o que é proibido e o que não é, em detalhes, levando em conta a era digital em que vivemos.