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Franz Ferdinand traz seu novo e elogiado show a SP

Redação Folha Vitória

São Paulo - Das mais diretas, eficientes, quentes e desglamourizadas bandas do star system, os escoceses do Franz Ferdinand baixam de novo em São Paulo no próximo dia 30, para um show no Espaço das Américas. Mostram o disco mais recente, Right Thoughts, Right Words, Right Action (2013), mas estão articulando uma novidade quente: já têm pronto um novíssimo álbum, feito em parceira com uma banda que os inspirou, mas do qual não dizem muita coisa (revelam apenas que já possuem entre 15 e 16 canções finalizadas com a nova parceria e que pretendem lançar ainda este ano).

Right Thoughts, Right Words, Right Action nasceu de um insight inusitado: Kapranos estava passeando quando achou um cartão-postal num mercado de pulgas. Nele estava escrito: "Come home, pratically all is nearly forgiven" ("Venha pra casa, praticamente tudo está quase perdoado"). Esse é o verso inicial de Right Action, a canção que abre o álbum.

O Franz Ferdinand também celebra 10 anos do lançamento de seu primeiro disco, Franz Ferdinand (2004), que possuía o single Take me Out - um fenômeno que varreu o planeta. Também é uma data curiosa porque marca o centenário do assassinato do arquiduque que deu o nome à banda, em Sarajevo, em 1914, acontecimento que deu início à Primeira Guerra Mundial.

O vocalista do Franz Ferdinand, Alex Kapranos, falou com o Estado por telefone, de Londres, há alguns dias sobre o retorno ao Brasil. E contou que compôs também algumas coisas para um provável disco solo com Justin Young, dos Vaccines.

Quando você canta Goodbye Lovers and Friends, você diz: "Não toque música pop/Você sabe que eu odeio música pop". Essa música é a mais representativa daquilo que você chama de "cinismo otimista"?

"Talvez. Não sei qual é a perspectiva de cada um dos ouvintes da minha música, mas é ironia, claro. Até porque eu amo pop music. E pop music, para mim, é um conceito muito amplo, é tudo que me inspira. Nirvana é pop, Giorgio Moroder é pop, Lady Gaga é pop, Black Sabbath é pop. Eu não tenho essa compartimentação na cabeça."

Quanto a ser um dos artistas do mundo pop mais assíduos no Twitter, ele diz que "vê o papel das redes sociais na sociedade moderna como uma grande diversão. Não sou muito do Facebook, mas gosto daquele tipo de conversação do Twitter, aquela troca de informações, os pequenos debates, as brincadeiras. É interessante. Mas eu também acho todas as outras formas de interação social importantes. Entro casualmente no Twitter, para dar umas risadas. Mas nunca faço isso com propósito de marketing, é apenas diversão".

Ele conta também que o repertório muda muito de show para show, cada noite é diferente. "Mas a recepção tem sido muito boa para as canções mais recentes. Tem uma coisa curiosa: Goodbye Lovers and Friends, que é a última canção do disco, acabou se tornando um grande momento do novo show. Todo mundo canta junto, todos sabem a letra, virou um happening. É muito bacana isso."

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