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Shows com 100% da capacidade e boates serão liberados em cidades de risco 'muito baixo'

Limite de público será definido pelo Corpo de Bombeiros, como já ocorria antes da pandemia. Nas demais classificações, número máximo de participantes passará dos atuais 600 para 1,2 mil, em eventos realizados em locais fechados

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/Pexels

As microrregiões do Espírito Santo que chegarem à classificação de risco muito baixo para a covid-19 estarão liberadas para realizar shows com a capacidade máxima de público autorizada pelo Corpo de Bombeiros — como já acontecia antes da pandemia.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (06) pelo governador Renato Casagrande, durante um pronunciamento ao vivo pelas redes sociais. A nova classificação, que será representada pela cor azul, passa a valer a partir do dia 8 de novembro.

Além disso, segundo informações apuradas pela reportagem do Folha Vitória junto à Secretaria de Estado da Economia e Planejamento (SEP), pistas de dança — que hoje estão proibidas nos eventos — e boates também serão liberados nos municípios que estiverem nessa classificação. 

A capacidade de público para as boates também será determinada conforme o alvará do Corpo de Bombeiros. Além disso, todos os frequentadores deverão estar vacinados contra a covid-19 e o uso de máscara será obrigatório.

De acordo com o secretário estadual de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, todos os detalhes ainda estão sendo discutidos e serão especificados em portaria, a ser publicada futuramente no Diário Oficial do Estado.

Eventos no ES poderão receber até 1,2 mil pessoas

Já para os municípios que ainda não estiverem no risco muito baixo, também haverá menos restrições, a partir de 8 de novembro, quanto à liberação do público nos shows e demais eventos sociais e culturais. 

Nas cidades de risco baixo, a ocupação continuará limitada a 50% da capacidade suportada pelo local, conforme alvará do Corpo de Bombeiros. No entanto, no caso de eventos em locais fechados, o número máximo autorizado de participantes passará dos atuais 600 para 1,2 mil.

Dessa forma, mesmo que um espaço comporte até 2,5 mil pessoas, o número de frequentadores não poderá chegar a 1.250, que corresponde a 50% da capacidade, nesse caso.

A situação, no entanto, será diferente nos eventos realizados em espaços abertos. Nesse caso, valerá apenas a regra que limita a ocupação à metade da capacidade do local. 

"Se você tem um grande espaço de eventos, que caiba 10 mil pessoas, você poderá fazer evento para até 5 mil pessoas", exemplificou Casagrande, durante o pronunciamento desta quarta-feira.

Nas duas situações, tanto para eventos em espaços abertos quanto em fechados, só poderá entrar pessoas que estejam devidamente vacinadas. Para isso, o comprovante de vacinação — o famoso passaporte da vacina — deverá ser apresentado.

Foto: Divulgação / Governo
Segundo Álvaro Duboc, estabelecimentos que não cumprirem as regras poderão ter seus alvarás de funcionamento cassados

Além disso, continua obrigatório o uso de máscaras nesses espaços. O secretário Álvaro Duboc destacou que o governo seguirá fiscalizando os estabelecimentos que promovem shows, para garantir o cumprimento das determinações.

"Não há possibilidade, neste momento, de excluirmos o uso de máscara nesses ambientes. O segmento de eventos ficou parado durante quase toda a pandemia e foi muito impactado. Entendemos que chegou o momento de darmos esse passo, sobretudo no cenário pelo qual estamos passando, com uma maior cobertura vacinal. Mas os cuidados devem permanecer", frisou.

"As equipes de fiscalização continuarão atuando, mas também precisamos da compreensão dos organizadores dos eventos e também da sociedade. Os organizadores que não cumprirem as determinações poderão ter seus alvarás cassados ou receber alguma outra punição", completou o secretário.

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Risco muito baixo vale apenas para microrregiões

O risco muito baixo, no entanto, diferentemente das demais classificações — risco baixo (verde), moderado (amarelo), alto (vermelho) e extremo (roxo) —, será atribuído às microrregiões e não aos municípios, de forma individual.

O Espírito Santo possui 10 microrregiões administrativas — Caparaó, Central Sul, Centro-Oeste, Rio Doce, Central Serrana, Litoral Sul, Metropolitana, Nordeste, Noroeste e Sudoeste Serrana.

Foto: Reprodução/ IJSN

O principal critério para a classificação azul será a cobertura vacinal, por faixa etária. Portanto, para uma microrregião chegar a esse estágio, deverá ter pelo menos 80% da sua população adulta com as duas doses da vacina ou dose única; 90% dos adolescentes de 12 a 17 anos com pelo menos a primeira dose; e 90% da população idosa, acima de 60 anos, e de imunossuprimidos com a dose reforço.

Outro requisito indispensável para que uma microrregião alcance o risco muito baixo para a covid-19 é que cada município tenha pelo menos um ponto para testagem livre, no qual a pessoa poderá realizar a testagem gratuitamente quando julgar necessário — mesmo se não apresentar sintomas.

Outra novidade é que, a partir do momento em que uma microrregião atingir o risco muito baixo, ela não sairá mais dessa classificação. Isso só ocorrerá, segundo o governador, se houver uma nova crise sanitária que force o Estado a alterar as regras do mapa de risco.

Enquanto uma microrregião não chegar nesse patamar, seus municípios continuarão sendo classificados individualmente nos demais riscos (baixo, moderado, alto e extremo), que poderão variar de semana para semana.

Além disso, ao atingir a classificação azul, as medidas qualificadas aplicadas aos demais riscos serão extintas, não havendo restrições para atividades econômicas, sociais e culturais.

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