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Irmã de Ivete Sangalo presta homenagem ao irmão, Jesus Sangalo: Estou devastada e derrotada

A irmã publicou uma declaração emocionante nas redes sociais

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Jesus Sangalo, irmão de Ivete Sangalo, morreu na última quinta-feira (07), após ser internado em um hospital de Salvador, na Bahia. A morte do empresário aconteceu por conta de uma sepse abdominal, decorrente de complicações após um cirurgia que realizou, deixando saudades em toda a família.

Mônica San Galo, irmã de Veveta e também cantora, prestou uma homenagem ao irmão por meio de seu Instagram. Ela publicou um vídeo de Jesus e escreveu um longo texto, lamentando sua morte e relembrando a relação que os dois tinham.

Há muitas maneiras de morrer. Inclusive pode-se morrer aos poucos. Hoje, parte de mim morre com meu irmão Jesus. E não sei bem o que fazer com isso. Estou absolutamente devastada e derrotada. É incompreensível que um sujeito genial como ele nos deixe tão cedo. Pra mim parece inacreditável. Jesus era um desafiador, desafiava a dor, desafiava a vida, desafiava limites, mesmo quando isso significava ameaçar a própria vida. E costumava fazer tal coisa parecer fácil, convencia a todos que a diferença entre viver e morrer era um estalar de dedos, um relâmpago e pronto, tudo acabado.

E continua:

Não foi assim com ele. Foram três longos meses de luta, ganha hoje, perde amanhã, sobressaltos, tristeza, alegria, tristeza, alegria, tristeza, um teste longo de resistência a que ele se submeteu sem um ai, sem jamais reclamar, com humor e otimismo, me ensinando a ser madura e adulta, eu, uma chorona reclamona profissional. Eu o amava profundamente. Tivemos ao longo da vida muitos arranca-rabos, ele era turrão, eu sou marrenta, as faíscas eram inevitáveis. Mas como era doce e carinhoso, preocupado com todos, incapaz de ser feliz sozinho, queria todos à sua volta assim, felizes, não via sentido se não fosse desse jeito.[...] Jesus preocupava-se genuinamente com os outros, não sossegava enquanto não arrumasse a vida de um e de outro, um homem de gestos largos, de ambições elevadas, que passavam ao largo da ilusória tolice das posses materiais, dinheiro, coisas assim. Era um realizador, movido a sonhos, projetos, emoções, essas coisas que hoje parecem tão esquecidas pelas pessoas de um modo geral.

Por fim, disse:

Jesus nos dá uma bela rasteira nos deixando sem ele. Falando por mim, sei que atravessei uma tempestade por esses tempos. Serão tempos difíceis, Jesus representava um esteio, um alicerce emocional, um oásis onde podia me refazer das brabezas da vida. Sua loucura alegre me curava de antigas tristezas. Nesse momento quero acreditar, do fundo do meu coração, que o nosso espírito não morre nunca, simplesmente por não conceber a vida sem essa energia tão bonita que ele me transmitia. Irmão, segue em paz, mantém acesa essa chama e olha por nós.

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