Entretenimento e Cultura

Presidente da TV Brasil se pronuncia sobre a demissão de Leda Nagle

Após a confusão sobre a demissão de Leda, o presidente da TV Brasil e da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), resolveu se pronunciar em seu perfil oficial no Facebook

Redação Folha Vitória
Leda Nagle foi demitida do programa Sem Censura Foto: Divulgação

Recentemente, a jornalista Leda Nagle fez um desabafo nas redes sociais após ser demitida do programa Sem Censura da TV Brasil, onde trabalhava há 21 anos. A mãe de Duda Nagle apontou o descaso da emissora e a forma como foi tratada nos últimos meses, surpreendendo a todos com a situação. A demissão de Leda fez com que o filho e a nora, a apresentadora Sabrina Sato, levantassem uma campanha para que ela permanecesse em seu programa. Após a confusão, o presidente da TV Brasil e da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), resolveu se pronunciar na última segunda-feira, dia 12, em seu perfil oficial no Facebook.

Laerte Rimoli publicou um texto com o título O show da Leda Nagle, alegando que a jornalista exagerou em seu relato e que foi dramática na reunião que causou o seu desligamento da empresa.

Na quarta-feira, 07/12, às 11:30, na sala da presidência da EBC, no Rio de Janeiro, comunicamos à jornalista Leda Nagle que a empresa não poderia manter, em 2017, o contrato dela, da forma como estava. R$ 1,3 milhão ao ano, com o uso de estúdios e 4 produtores da empresa, na rubrica investimento, por tratar-se de co-produção. Nos meses de janeiro e fevereiro, os programas eram gravados e a profissional desfrutava de 60 dias de folga. Simples relato, já que o contrato vigente permitia essa lassidão. Os dados estão disponíveis pela lei de acesso à informação. Neste ano de 2017, uma novidade: Leda recebeu um generoso convite de um amigo (relato dela) e ficaria mais 2 semanas fora, em março, para conhecer Dubai. Presentes à reunião, o Superintendente da TV Brasil, jornalista Caíque Novis, a Diretora de Produção, jornalista Cida Fontes, e o assessor jurídico da EBC, Marcelo Nascimento. Ela entrou na sala, perguntou quem era o Caíque e disparou: o programa está ótimo, não precisa de mudanças. Quando eu disse o contrário, o mundo desabou. Você está me demitindo, gritou, furiosa. Cida tentou argumentar: seria uma prorrogação de 2 meses, até 5 de janeiro e um novo contrato, semelhante ao que temos com a jornalista Roseann Kennedy, seria discutido pelas partes. Aí Leda foi a Leda que todos conhecemos: Não sou Roseann Kennedy, tenho 40 anos de profissão. Você sempre quis me demitir, Cida Fontes, não entende nada de televisão. Não vou brigar com você, Laerte, que é meu amigo (imagina se não fosse). Os concursados da EBC são incompetentes, desinformados, não gostam de trabalhar. Levantou-se, parou em pose dramática na porta da sala e pespegou: Vou tornar isso público. O título Sem Censura não pertence à Leda. Há 21 anos, a entrada dela na bancada, em substituição à jornalista Lúcia Leme, foi tempestuosa. Assim são as relações com Leda. É comovente ver a reação dos amigos, jornalistas, artistas que a apoiam. Cegamente, sem ter informações do outro lado (regra básica do bom jornalismo). Torço, do fundo d'alma, para que Leda Nagle encontre seu rumo. Amigos, com certeza, não lhe faltarão. De minha parte, tenho a obrigação de mudar a lógica perversa de que o dinheiro público existe para ajudar amigos e apaniguados. Respeito orçamento e acato os alertas que as áreas técnicas fazem sobre o futuro da empresa. Preocupante, como preocupantes estão as contas do país, escreveu o presidente.

Rimoli também comentou que o que aconteceu com Leda não foi pessoal.

PS: todos, "todos", os contratos da EBC, como jornalistas, prestadores de serviços, colaboradores, estão sendo revistos. Pegamos a empresa com previsão de R$ 94 milhões de rombo. Cortamos tanto que chegamos a um rombo de R$ 19 milhões. Isto sim uma herança maldita. Como é emblemático, e caro, determinei o fim do famoso "carro preto" do Presidente, que consumia R$ 190 mil/ano.

A publicação já teve mais de 700 compartilhamentos na rede e mais de 1.700 curtidas. Leda fez alguns embates em seu próprio perfil, alegando que Rimoli mente e que não tinha lhe apresentado nenhuma proposta nesta última reunião. Além disso, afirmou que recebia seu salário com mais de um mês de atraso.

Pronto. Agora tudo escancarado. Bora lá ver quem fala a verdade. Considerando que faço um programa de uma hora e meia ao vivo todo dia que ainda é reprisado à noite. Ele paga isto por três horas diárias de produção.... Não existe programa mais barato na televisão brasileira. Pronto, falei. Ah... Me esqueci de dizer que a EBC paga com 30 a 35 dias de atraso.

Ainda na segunda-feira, a jornalista comentou que nunca brigou com ninguém da TV Brasil.

A música que Toninho Geraes fez e Martinho da Vila eternizou... Mulheres... Eu tive mulheres de todas as cores.... Vou lembrar que trabalhei na TVE e na TV Brasil, com presidentes e diretores das mais diversas influências, ideologias e conhecimento de televisão como Walter Clarck, Xico Teixeira, Tereza Cruvinel, Eduardo Castro, Paulo Ribeiro, Mauro Garcia, Beth Carmona, Rosa Crescente, Nelson Breves, Miriam Porto, Rogerio Brandão, Fernando Barbosa Lima, Americo Martins, tomara que não tenha faltado ninguém... Foram tantos nunca briguei com ninguém... Só a título de informação...

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