Temer entrega medalhas da Ordem do Mérito Cultural a artistas
Brasília - O presidente da República Michel Temer entrega na tarde desta terça-feira, 19, condecorações da Ordem do Mérito Cultural a artistas, músicos e empresários no Palácio do Planalto, em Brasília. O governo entrega o prêmio pela primeira vez a um grupo de artistas, e não a uma só personalidade, o que ocorria desde 1995, segundo o Ministério da Cultura.
Os principais homenageados, que recebem a medalha de classe Grã Cruz são o ator Renato Aragão, o diretor de TV José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, e o tradutor Ivo Barroso, além de medalhas póstumas ao jornalista e diretor do Festival Internacional da Canção Augusto José Marzagão, ao jornalista Domingo Azulgaray, criador da revista IstoÉ, e ao escritor e ex-ministro da Educação, Cultura e Desportos Eduardo Portella.
"Quando recebi a notícia pensei que era engano", brincou Renato Aragão, ao ser convidado e saber da premiação. "Eu já fiz tanta coisa na minha vida, muitas alegrias. Mas desta vez foi demais, outra igual a essa vai ser difícil de conseguir."
Ele negou ter embaraços políticos com Temer, que enfrenta baixa popularidade e foi alvo de uma série de protestos na classe artística quando assumiu o governo, por ter, num primeiro momento, extinguido o Ministério da Cultura. Foram feitas ocupações em órgãos públicos e atos de repúdio pelo País. Temer voltou atrás e recriou a pasta. "Nada, nada. Estou aqui a convite pela Cultura. Pode ser qualquer presidente. Já vim aqui com Fernando Henrique Cardoso pelo Unicef e virei sempre que me convidarem", disse o ator.
Ao todo, o governo entrega hoje 32 medalhas a personalidades culturais escolhidas por um comitê integrado por ministros e técnicos do Ministério da Cultura. O tema do evento este ano é "Cultura, Inovação e Empreendedorismo".
O ministro da Cultura, Sergio Sá Leitão, usou boa parte do seu discurso para exaltar realizações do governo Michel Temer. Ele disse que o seu governo tem "feitos que serão reconhecidos pela história" e destacou a retomada do crescimento econômico e a reforma do Ensino Médio.
Em sintonia com o discurso oficial do presidente, o ministro também falou de indicadores econômicos, como inflação e juros em queda e disse que, "se Deus quiser e o Congresso permitir, em breve aprovaremos a (reforma da) Previdência".