PEDRO PERMUY

Entretenimento e Cultura

Governo do ES vai investir R$ 30 milhões em cultura em 2022. Saiba tudo!

Secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha fará ação inédita no Brasil no ano que vem para beneficiar artistas com transferência de dinheiro a cidades

Pedro Permuy

Redação Folha Vitória
Foto: Pedro Permuy

Ao todo, os artistas do Espírito Santo terão mais de R$ 30 milhões em oportunidades de editais e chamamentos públicos em 2022.

O dinheiro, previsto no orçamento da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), é somado pelos R$ 14 milhões de editais que já foram lançados; R$ 10 milhões da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, que vai isentar o valor em impostos de empresas no Estado, valor divulgado em primeira mão com exclusividade pela Coluna Pedro Permuy; e cerca de R$ 9 milhões do projeto Fundo a Fundo, de coinvestimento.

“Esse recurso do Fundo a Fundo transfere recursos do estadual para os municipais. Ano passado só 15 cidades tinha leis sancionadas que permitiam essa movimentação. Agora temos 49 cidades com leis rodando, 40 linhas de edital de R$ 200 mil, R$ 600 mil, R$ 1,5 milhão, dependendo do porte do município”, exemplifica o titular da Secult, Fabrício Noronha.

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E continua: “Esse projeto vai funcionar assim: a cada R$ 1 do município, o governo do Estado vai entrar com até R$ 4. Muqui deposita R$ 10 mil, a gente completa com R$ 40 mil. Vitória é R$ 1 para R$ 1, então de Vitória colocar R$ 100 mil, colocamos outros R$ 100 mil. É um projeto inédito no Brasil. Agora, vários estados querem conversar para adotar esse sistema também”.

“A gente saiu de R$ 8 milhões, R$ 9 milhões, para cerca de R$ 31 milhões, R$ 32 milhões em 2022. Fora os outros recursos do orçamento da Secult e ações já previstas” - Fabrício Noronha, secretário de Estado da Cultura

Uma dessas ações já previstas, que vão totalizar um investimento da ordem de R$ 700 mil são os cachês de até R$ 7 mil que serão pagos a 200 artistas no início do ano que vem, também anunciado com exclusividade pela Coluna Pedro Permuy. Na ação, o governo vai analisar as propostas dos proponentes por chamamento e todos que residam no Espírito Santo há ao menos dois anos podem ganhar a partir de R$ 500 para realizarem shows virtuais ou presenciais.

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Para Noronha, esse movimento de voltar a fazer shows presenciais, inclusive, é o desafio da adaptação desse “novo normal” para a cultura. “As pessoas querem ir aos lugares e é um processo que tem a ver com formação de público. E tem a questão do formato híbrido. Esses, agora, são pontos que a gente analisa com mais cuidado, porque a internet também levou a cultura a lugares que ela não ia antes”, pondera.

Foto: Secult ES/Divulgação
A fachada da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), na Enseada do Suá, em Vitória

O titular da Secult ainda contrapõe que lives de artistas capixabas foram vistas por moradores de Manaus, por exemplo, que é territorialmente bastante distante do Espírito Santo. “Graças à internet”, avalia.

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“Pensando nisso, a gente teve inovação dentro de tudo o que foi feito, inclusive pelos editais. É podcast, é websérie… Novos elementos que surgem a partir de atividades que já eram realizadas. E isso é algo que queremos expandir a partir de agora”, conclui.

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Atualmente, rodam na Secult cerca de 1,7 mil projetos relacionados à cultura. Os R$ 30 milhões, de acordo com o secretário, chegam para suprir parte da demanda do público. “A gente mudou nossa forma de comunicar, mudamos o processo e temos lastro para todos esses projetos, sim. Entendendo isso, a gente expande as políticas e no ano que vem chegamos ao patamar de R$ 30 milhões com recurso estadual”, termina. 

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