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Abel Ferreira 'freia' comemoração em gol de Gustavo Gómez por causa do VAR

Abel Ferreira ‘freia’ comemoração em gol de Gustavo Gómez por causa do VAR Abel Ferreira ‘freia’ comemoração em gol de Gustavo Gómez por causa do VAR Abel Ferreira ‘freia’ comemoração em gol de Gustavo Gómez por causa do VAR Abel Ferreira ‘freia’ comemoração em gol de Gustavo Gómez por causa do VAR

Em meio a euforia pelo terceiro gol do Palmeiras contra o Botafogo, que levaria a decisão das oitavas de final da Libertadores para os pênaltis, só um palmeirense não comemorou no Allianz Parque: Abel Ferreira. Quando Gustavo Gómez empurrou a bola para as redes, depois de bate rebate na área alvinegra, o treinador se manteve sentado, em meio a uma delegação palmeirense que invadiu o campo de jogo. Ele não comemorou o tento.

O português já havia vivido recentemente essa sensação, de ter um gol levaria uma decisão de mata-mata para os pênaltis, analisado pelo árbitro de vídeo (VAR). Contra o Flamengo, na Copa do Brasil, o Palmeiras chegou a abrir 2 a 0, também no Allianz Parque, mas teve a empolgação ‘anulada’ ainda em campo. Por isso, também, o treinador não se empolgou quando Gómez marcou o terceiro do Palmeiras.

A primeira reação de Abel Ferreira foi pedir “calma” a seus jogadores, quando se levantou. Até os 41 minutos, o Palmeiras perdia por 2 a 0 e precisava, obrigatoriamente, de três gols para levar o jogo contra o Botafogo para os pênaltis. Em nove minutos, Flaco López, Rony e Gómez movimentaram o marcador. Mesmo assim, o time ainda precisaria se segurar na reta final dos acréscimos, para garantir, de fato, o placar necessário para a disputa das penalidades máximas.

Dos últimos cinco jogos do Palmeiras, em quatro o time teve uma decisão revertida pelo VAR. Esses números ajudam a explicar outro lado da reação de Abel: não saber, até a bola voltar a rolar, se o gol da equipe será validado.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, falou sobre esse sentimento após a eliminação. “Eu não comemoro mais gols do Palmeiras, todos vão para o VAR e eu não comemoro mais. Difícil, depois de ter levado 2 a 0, conseguir o empate e a virada e uma bola na trave. Faltou um pouco de sorte, mas gostaria de dar parabéns ao Botafogo e ao nosso elenco também”, disse.

Durante a checagem do árbitro argentino Facundo Tello, dois pontos chamam a atenção na forma como o treinador reagiu. Diante do “bolinho” de palmeirenses e botafoguenses sobre a cabine do VAR, o português se manteve na área técnica.

Agachado, de costas para o árbitro e pensativo, olhando para os telões do estádio e analisando a jogada – o gol foi anulado por toque de mão do zagueiro paraguaio antes da finalização – ele ficou aguardando o que seria determinado pelo árbitro.

Quando Tello voltou ao campo, anulando a marcação inicial, Abel continuou agachado, aparentemente abalado, pelo que havia acontecido. E este era o sentimento que o treinador viveu antes mesmo da anulação: o segundo ponto que chama a atenção é a negação do treinador diante da checagem. Antes de se sentar, gesticulou com a cabeça a indignação pelo VAR estar analisando a jogada. Para si mesmo, na área técnica, e não para o trio de arbitragem.

“O que digo da bola que bateu na mão do Gómez? É futebol. Algumas vezes se ganha, em outras se perde. Se batesse na coxa estaríamos aqui falando sobre a classificação”, lamentou o técnico, que citou problemas emocionais na coletiva pós-jogo. Muito por isso o treinador tentou pedir calma a seus jogadores logo após o momento de êxtase pelo terceiro. Diferentemente de outros jogos, em que chegou a chamar o equipamento do VAR de arcaico, não houve críticas à arbitragem.