Esportes

Administradores da Fonte Nova se dizem 'supreendidos' com decisão do Bahia

Administradores da Fonte Nova se dizem ‘supreendidos’ com decisão do Bahia Administradores da Fonte Nova se dizem ‘supreendidos’ com decisão do Bahia Administradores da Fonte Nova se dizem ‘supreendidos’ com decisão do Bahia Administradores da Fonte Nova se dizem ‘supreendidos’ com decisão do Bahia

Salvador – A Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), administradora da Arena Fonte Nova, disse ter sido “surpreendida” pela direção do Bahia, que anunciou, na tarde desta segunda-feira, que voltaria a mandar seus jogos no estádio de Pituaçu, após não ter chegado um acordo para a renovação do contrato com a Arena.

Em nota, o consórcio alegou que, na última sexta-feira, “ficou acordado entre as partes que haveria mais uma rodada de negociações, após ambos terem apresentado propostas” e que “durante todo o período das conversas, a empresa respeitou o processo natural de discussão e análise das propostas apresentadas”. O texto também ressalta que o consórcio não tornou público “o conteúdo das negociações” entre as partes.

“O que mais surpreende a diretoria da FNP é que em nenhum momento o clube informou sobre tal posição, optando por fazê-lo através da imprensa”, diz a nota. “Reiteramos nossa disposição em manter o diálogo, analisando todas as possibilidades até que cheguemos a um acordo que seja bom para ambas as partes.”

OUTRO LADO – Mais cedo, o Bahia anunciou que não chegou a um acordo para renovar contrato com o consórcio responsável pela arena e vai voltar a mandar jogos em Pituaçu a partir do dia 7 de abril.

“A Fonte Nova é, sem dúvida, a casa de todos nós, tricolores. Durante quase quatro meses, a atual diretoria executiva negociou a renovação do contrato com o consórcio responsável pela administração da Arena. Procurou valorizar a ‘Torcida de Ouro’. Tentou transformar a Arena em nosso caldeirão. Sem sucesso. O Bahia, apesar das conversas, não recebeu uma única proposta na qual a torcida e o clube fossem valorizados”, alegou a diretoria do Bahia.

Em nota, o clube disse que “entende as dificuldades do consórcio e respeita a postura da Fonte Nova Negócios e Participações, mas que “tem a obrigação de defender os interesses” do clube e dos torcedores. O Bahia ressalta que pode fechar os olhos diante dos “repetidos problemas e da falta de soluções”.

Em fevereiro, o Bahia teve que jogar uma partida em Pituaçu porque a Fonte Nova estava alugada para uma formatura. O contrato com o consórcio (formado por OAS/Odebrecht e Governo do Estado), porém, proíbe que o Governo ceda Pituaçu em uma data em que a Fonte Nova está disponível, obrigando o Bahia a jogar no estádio maior mesmo em partidas com menor expectativa de público.

“Para nós, tricolores, estádio, futebol e Bahia não são matemática financeira. São nossa vida, nosso orgulho, nosso amor”, escreveu a diretoria do Bahia, avisando que a partir do dia 7 de abril, quando encerra o contrato com o consórcio, vai voltar a mandar seus jogos no estádio do Pituaçu, reformado pelo governo do Estado para ser usado durante as obras da Fonte Nova.

A diretoria tricolor, entretanto, deixou claro que pode voltar à Fonte Nova. “O Bahia continua disposto a negociar para jogar na Arena Fonte Nova, desde que o consórcio valorize, trate bem e respeite a torcida tricolor.”