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Aliviada, Simone Biles comemora seu primeiro ouro olímpico no individual geral

Aliviada, Simone Biles comemora seu primeiro ouro olímpico no individual geral Aliviada, Simone Biles comemora seu primeiro ouro olímpico no individual geral Aliviada, Simone Biles comemora seu primeiro ouro olímpico no individual geral Aliviada, Simone Biles comemora seu primeiro ouro olímpico no individual geral

Rio

Foco, atitude, precisão e talento. A combinação desses quatro elementos deu a Simone Biles a chance de protagonizar os Jogos Olímpicos do Rio e fez o mundo acreditar que será só questão de tempo para ela se tornar uma lenda da ginástica artística. Depois de liderar os Estados Unidos na conquista do ouro por equipes, a ginasta de 19 anos pôde brilhar sozinha nesta quinta-feira. A norte-americana dominou três dos quatro aparelhos – exceto pelas barras assimétricas – e assumiu o posto de ginasta mais completa do mundo pelos próximos quatro anos.

Com a somatória 62,198, ela faturou a medalha de ouro na Arena Olímpica do Rio. A compatriota Alexandra (Aly) Raisman (60,098) garantiu a prata e a russa Aliya Mustafina (58,665) completou o pódio. Humilde, Biles disse que ficou tão feliz pela prata da amiga quanto por sua medalha. “Senti como se nós duas tivéssemos conquistado o ouro naquele momento”, afirmou.

A vitória inédita é motivo de orgulho para ela. “Estou muito empolgada e aliviada, eu finalmente consegui. Você não conhece esse sentimento até ele te atingir e tudo me atingiu de uma vez só naquele momento. Vinha sonhando com isso há dois anos. É surreal”, festejou, sem conter o choro emocionado ao ver seu nome à frente de todas as outras atletas.

No Rio, Simone Biles disputa a sua primeira Olimpíada da carreira. A estreia só não ocorreu há quatro anos, nos Jogos de Londres, porque ela ainda não tinha completado 16 anos, idade mínima exigida pela Federação Internacional de Ginástica (FIG). Em 2012, ela acompanhou suas compatriotas em um telão dentro de seu centro de treinamento em Columbus e persistiu no sonho. Ela tem levado seu talento de Spring (Texas), onde mora atualmente, ao mundo. E ainda pode conquistar três medalhas nas finais por aparelhos: salto, solo e trave. E tudo leva a crer que serão douradas.

A norte-americana pode deixar o Rio com cinco medalhas de ouro em sua coleção, feito que seria inédito na história dos Jogos. Ela não conseguiu se classificar apenas para a final das barras assimétricas. Caso ganhe os cinco títulos, Simone Biles irá ultrapassar as conquistas de quatro ouros em uma mesma edição de Olimpíada conseguidos pela soviética Larissa Latynina (1956), a checoslovaca Vera Caslavska (1968) e a romena Ecaterina Szabo (1984).

As lágrimas em seu rosto após a vitória mostraram a importância da conquista desta gigante de 1,45 metros de altura. “Eu sabia que era capaz de conseguir, mas tudo depende de como controlar os nervos na hora. Eu coloco mais pressão em mim do que qualquer um. Fiquei aliviada porque estava lutando para fazer meu trabalho. Sabia que se fizesse o que faço no treino seria bom. Só fui lá e me diverti, como normalmente faço”.

Ficar atrás de Simone Biles é uma honra para a companheira de equipe, Aly Raisman. Já a brasileira Rebeca Andrade resume bem a sua impressão sobre a ginasta norte-americana: “Ela é incrível”.