Salvador –
A rua Benedito Jaqueira, em Boa Vista de São Caetano, onde Robson Conceição mora, em Salvador, ficou fechada na noite desta terça-feira para a imprensa, amigos e familiares assistirem e torcerem em um telão pelo lutador baiano. A reunião informal deu certo: o pugilista entrou para história do esporte brasileiro como o primeiro campeão olímpico do boxe nacional.
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Quando o terceiro round terminou, sacramentando a vitória de Conceição, foi uma explosão de alegria. O telão caiu e ninguém conseguiu ver mais nada. Só se ouvia o apelido carinhoso: “Nino, Nino, Nino é ouro!”.
A avó dona Neusa passou mal, enquanto o primo Jackson Donato emocionado destacava: “Caraca! Ele mereceu. Eu estava ansioso mas sabia que esse ouro vinha para o Brasil. Ele é focado demais”.
Na torcida, primos, tios, amigos, como Reginaldo “Holyfield”, ex-pugilista vencedor de vários títulos nacionais e internacionais. “O boxe brasileiro sempre brilhando. Essa moçada está arrebentando. Estou orgulhoso de Robson”, afirmou.
Os minutos que antecederam a luta foram de pura emoção. Aos gritos, o povo fazia contagem regressiva, cantava o Hino Nacional, e o já tradicional “eu sou brasileiro com muito orgulho” e “é campeão”. Pouco antes, um “Pai Nosso” de mãos dadas foi rezado em voz alta pelo bom desempenho do lutador.
A energia positiva deu certo e, aos gritos de “Nino, Nino”, apelido carinhoso dos parentes ao lutador, o telão desabou, os amigos e familiares gritavam, riam e choravam. A emoção foi total. Imprensa, policiais, comerciantes no local se confraternizavam. Um ouro que veio para a periferia comemorado com pagode e mocotó.
