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Apesar do alto investimento em atacantes, Palmeiras exibe artilharia 'dividida'

Apesar do alto investimento em atacantes, Palmeiras exibe artilharia ‘dividida’ Apesar do alto investimento em atacantes, Palmeiras exibe artilharia ‘dividida’ Apesar do alto investimento em atacantes, Palmeiras exibe artilharia ‘dividida’ Apesar do alto investimento em atacantes, Palmeiras exibe artilharia ‘dividida’

São Paulo – Se o Palmeiras ainda não conseguiu neste ano encontrar um substituto para Gabriel Jesus, pelo menos tem se virado de outras formas para chegar ao gol. O dono do segundo melhor ataque do Campeonato Brasileiro tem conseguido suprir a pouca produtividade dos centroavantes com uma artilharia distribuída entre 12 jogadores diferentes.

Para solucionar a saída de Gabriel Jesus para o Manchester City, da Inglaterra, a diretoria investiu mais de R$ 50 milhões para trazer dois jogadores de área, Miguel Borja e Deyverson. Os dois marcaram apenas três gols cada e estão longe de encantar a torcida. O técnico Cuca, por exemplo, tem se preocupado em fazer o colombiano Borja se ambientar e voltar a marcar após três meses enquanto promete manter Deyverson como o titular do time.

Por outro lado, os dois artilheiros da equipe no Brasileirão não chegaram ao clube contratados em janeiro com a missão tão específica de marcar gols. O meia Guerra e o atacante Willian anotaram cinco vezes cada e surpreendem ao aparecerem como os principais goleadores.

“Se sou uma das melhores contratações do ano ou não, deixo para a imprensa e a torcida avaliar. Meu objetivo era chegar e fazer o meu melhor”, afirmou o atacante Willian, goleador do time na temporada, com 15 gols.

A preocupação da equipe em suprir a saída de Gabriel Jesus se explica pelo protagonismo desempenhado pelo atacante no ano passado. O artilheiro do Palmeiras no Brasileiro de 2016 marcou 12 vezes, o dobro de Jean e Dudu, empatados em segundo lugar entre os principais goleadores durante a campanha do título nacional.

Jean, inclusive, marcou o gol da vitória mais recente do time, contra o Coritiba, na segunda-feira, e ajudou nessa conta da distribuição de artilharia. “Fazia um tempo que não fazia gol, mas não me cobro quanto a isso”, disse o atleta.

Em 2017, apesar de a equipe não ter definido o ataque, tem conseguido compensar a falha com uma polarização menor na hora de marcar. O melhor ataque do Brasileiro é o do Grêmio, com 40 gols, seguido pelo do Palmeiras, que marcou 35 vezes, dos quais 22 foram feitos pelos atacantes, 11 por jogadores de meio-campo e dois por defensores, além de dois gols contra.

“Todos no time têm sua importância. A gente sempre comenta isso internamente, que vai ter um companheiro bem colocado para ser servido. É isso que faz o coletivo ser forte, com todos adquirindo relevância”, comentou o atacante Willian.