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Após carinho em casa, "croata" Sammir mira vaga no time

Após carinho em casa, “croata” Sammir mira vaga no time Após carinho em casa, “croata” Sammir mira vaga no time Após carinho em casa, “croata” Sammir mira vaga no time Após carinho em casa, “croata” Sammir mira vaga no time

Salvador – Quando saiu do banco de reservas do Estádio de Pituaçu, em Salvador, para entrar em campo no amistoso contra a Austrália, na última sexta-feira, Sammir realizou o sonho de jogar profissionalmente pela primeira vez no estado em que nasceu. Natural de Itabuna (BA), o brasileiro precisou atravessar o Oceano Atlântico e desembarcar na Croácia para conquistar seu lugar no futebol.

Naturalizado croata desde 2012, ele teve apenas cinco jogos para superar as dúvidas e conquistar a confiança dos companheiros e do técnico Niko Kovac. Agora, ele procura um lugar na equipe justamente no setor mais disputado. Meia-atacante, ele tem a concorrência de Rakitic e Modric, os jogadores mais badalados do país, mas acredita que ainda pode estar entre os 11 no dia da estreia contra o Brasil, no próximo dia 12, no Itaquerão, em São Paulo.

“Quem sabe? Ainda temos uma semana pela frente e sei que são grandes jogadores, de equipes como Real Madrid e Sevilla, mas tenho que me manter focado no meu trabalho para quem sabe surpreender e conseguir uma vaga”, afirmou.

Ao menos nos treinos, ele tem deixado uma ótima impressão nos companheiros e também na comissão técnica. Niko Kovac, técnico que o deixou de fora das primeiras convocações, não esconde a empolgação com Sammir.

“Eu não tinha uma relação próxima com ele. Antes de conhecê-lo como técnico só ouvia falar do que era escrito sobre ele. Trabalhando no dia a dia vi que ele é exatamente o oposto, não fala muito mas treina muito forte e no amistoso contra a Áustria ele foi muito bem. Ficamos muito felizes que ele pôde fazer um grande jogo ontem (sexta-feira) diante de seus familiares”, disse o treinador.

Kovac se refere ao rótulo de jogador problemático que Sammir carrega. Em 2013, foi afastado pelo Dínamo de Zagreb “por causa das repetidas demonstrações de desrespeito para com o clube e seus companheiros de equipe”, como criticou duramente diretor do clube, Zoran Mamic. À época ele era acusado de promover festas mesmo perto de jogos importantes.

Antes de chegar ao Dínamo, Sammir perambulou por clubes do Brasil como Atlético-MG e São Caetano, sem grande destaque. No Leste Europeu conquistou seu espaço e impressionou tanto nos trabalhos de preparação que tem arrancado elogios até de jogadores mais experientes.

“Foi o jogo mais especial da minha carreira, pela primeira vez na minha vida joguei na frente da minha família e estou feliz que eles vieram para o meu jogo”, disse o jogador, que tem outro brasileiro como companheiro: Eduardo da Silva, com passagens por Arsenal e Shakhtar Donetsk.

Por enquanto Sammir ainda não conseguiu se firmar entre os titulares, mas tem a esperança de conseguir convencer Kovac de que pode ser uma arma útil especialmente no primeiro jogo, justamente contra o Brasil, na estreia da Copa.

“Ainda temos uma semana para estar a 100% e ganhar pelo menos um ponto. Temos a qualidade dos nossos jogadores, muitos que atuam em grandes clubes e têm a experiência. A pressão estará com o Brasil”, destacou.