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Após comoção em Medellín, Chapecó tem apoio frio ao Atlético Nacional no Mundial

Após comoção em Medellín, Chapecó tem apoio frio ao Atlético Nacional no Mundial Após comoção em Medellín, Chapecó tem apoio frio ao Atlético Nacional no Mundial Após comoção em Medellín, Chapecó tem apoio frio ao Atlético Nacional no Mundial Após comoção em Medellín, Chapecó tem apoio frio ao Atlético Nacional no Mundial

Chapecó – A população de Chapecó fez um apoio discreto nesta quarta-feira para o Nacional, da Colômbia, durante a partida da equipe no Japão pelo Mundial de Clubes. Duas semanas depois da tragédia com a Chapecoense, em episódio que aproximou a relação entre os dois países sul-americanos, a cidade catarinense não teve a rotina alterada, tampouco se mobilizou para manifestar apoio.

Os bares que costumam ter a concentração de torcedores da Chapecoense não abriram na manhã desta quarta-feira. Às 8h30, horário do começo da semifinal do Mundial de Clubes, em Osaka, o comércio começou a abrir as portas. Nos estabelecimentos, os poucos televisores ligados não estavam sintonizados na partida entre a equipe colombiana e o Kashima Antlers, do Japão. Com o jogo transmitido para o Brasil apenas em canais de TV fechada, poucas pessoas que passavam pelas ruas tiveram chance de ver os lances.

Nos locais visitados pela reportagem, a movimentação de pessoas pelo jogo era discreta. Em uma lanchonete na avenida Getúlio Vargas, via principal do centro de Chapecó, os atendentes só ligaram a televisão para ver o jogo depois de serem questionados se estavam ansiosos para a partida do Atlético Nacional. “A cidade criou simpatia pelo time colombiano pelo apoio imenso que demonstraram pela Chapecoense. Tomara que ganhem”, afirmou o funcionário do local, Emanuel Gabiatti.

Apesar de bandeiras da Colômbia em alguns estabelecimentos e da relação de admiração, a torcida fria dos chapecoenses pelo Nacional não foi suficiente. A equipe atual campeã da Libertadores perdeu por 3 a 0 para o time japonês pela semifinal do Mundial de Clubes e vai ter de disputar o terceiro lugar contra o perdedor do confronto entre Real Madrid, da Espanha, e América, do México.

A comoção em Medellín para prestar apoio e homenagear os 71 mortos no acidente aéreo da Chapecoense, que viajava à cidade para jogar a final da Sul-Americana, aproximou os governantes das duas cidades. O prefeito de Chapecó, Luciano Boligon, disse em entrevista à Rádio Estadão nesta quarta-feira que pretende homenagear a cidade colombiana com alguma praça.

Antes do embarque para o Japão os jogadores do Nacional afirmaram que sonhavam em dedicar um possível título mundial para a Chapecoense. A torcida colombiana que foi à Ásia levou, inclusive, faixas, camisas e cantou músicas em referência ao time catarinense.