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Após denúncia, Bom Senso cobra transparência da CBF

Após denúncia, Bom Senso cobra transparência da CBF Após denúncia, Bom Senso cobra transparência da CBF Após denúncia, Bom Senso cobra transparência da CBF Após denúncia, Bom Senso cobra transparência da CBF

São Paulo – Após a revelação de minutas de contratos que mostram que a CBF “vendeu” os direitos de amistosos da seleção a uma empresa de fachada até 2022 e que as convocações atendem aos critérios de parceiros comerciais, o Bom Senso FC cobrou mais transparência da entidade que controla o futebol brasileiro.

O meia Alex, um dos principais líderes do movimento que cobra melhorias no futebol brasileiro, pediu a democratização da CBF. “Sinto-me absolutamente mal, enojado! É mais um sinal daquilo que pedimos: transparência! O Congresso Nacional precisa urgentemente aprovar a MP 671, para que se democratize a CBF, dando participação e direito de voto aos atletas”, disse o ex-jogador, que agora é comentarista de tevê.

“O futebol é patrimônio do povo brasileiro e não pode ser usurpado como está sendo, a tanto tempo por uma sociedade privada como é a CBF”, acusou o ex-jogador. “Já não jogo mais, mas essa notícia é como um soco enorme no estômago. Que sejam apurados todos os fatos para que saibamos realmente tudo o que acontece no comando do nosso futebol, que se faça uma limpa”, declarou Alex.

O meia, que jogou na seleção brasileira entre 1998 a 2005, é taxativo em relação ao papel dos parceiros comerciais na escolha dos jogadores. “A escolha deveria ser exclusivamente técnica, da preferência do treinador. Diante da denúncia, todos podem pensar o que quiserem”, disse. “Como ex-atleta minha maior preocupação é com o futebol brasileiro, que tem clubes muito endividados, pobre de pensamentos e pouco preocupado em melhorar. Enquanto a CBF enriquece em cima da área comercial e pouco se preocupa com o futebol”, completou.

CBF REPUDIA ACUSAÇÃO – A reportagem feita com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre as suspeitas negociações da CBF junto a agentes, cartolas, testas de ferro e empresas em paraísos fiscais, causa polêmica na entidade. Por meio de nota divulgado na tarde deste domingo, a confederação repudiou as informações da matéria e afirma que suspeitas de irregularidades no acordo com a empresa ISE, do Grupo Dallah All Baraka, são “infundadas”.

Por meio de 16 pontos enumerados no comunicado, a CBF diz que “não vendeu” a seleção brasileira, chamando o conteúdo de “insinuação infantil”. “A CBF afirma que os critérios de escolha dos convocados para os jogos da seleção brasileira são e serão, sempre, técnicos. Jogarão e jogaram, sempre, os melhores jogadores em atividade”.

A entidade explica que amistosos contra seleções menores, como ocorreu em 2011 contra o Gabão, ajudam na montagem do plantel. “É muito importante dizer que muito além do significado comercial estes jogos têm absoluta importância técnica. Servem para avaliação da equipe, a evolução do conjunto dos jogadores e o conhecimento de adversários internacionais.”

No fim do comunicado, a CBF se coloca à disposição “de forma transparente” para esclarecer dúvidas que ainda possam surgir a após a publicação da matéria pelo Estado.