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Após denúncias, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo renuncia

Após denúncias, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo renuncia Após denúncias, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo renuncia Após denúncias, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo renuncia Após denúncias, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo renuncia

Alvo de seguidas denúncias nos últimos meses, o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), José Antonio Martins Fernandes, mais conhecido por Toninho, renunciou ao cargo neste domingo. Vice-presidente desde 2012, quando Toninho assumiu, Warlindo Carneiro da Silva Filho vai exercer a função de presidente.

Toninho estava afastado do cargo desde a sexta-feira, quando surpreendeu as federações estaduais ao deixar a função de forma provisória. Ele alegou que tiraria férias até o dia 20 de abril, embora tivesse gozado de férias coletivas com o restante da cúpula da entidade no fim do ano. Especulava-se até que ele tiraria licença médica.

Ele anunciou a renúncia na véspera da realização da assembleia geral anual da CBAt, que está marcada para esta segunda-feira, em Atibaia (SP). A presença de Toninho no evento era muito aguardada porque ele prestaria contas sobre a gestão da entidade em 2017 e falaria sobre o planejamento para este ano.

Entre as federações, havia o clima de cobrança ao presidente da CBAt por causa das recentes denúncias de irregularidade na gestão da entidade. Havia suspeita de fraude em um convênio entre a confederação e a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo sobre a realização do Troféu Brasil de 2014.

De acordo com reportagem do UOL, a CBAt alegou gastos na ordem de R$ 555 mil para pagamentos de alimentação e hospedagem de 370 atletas. Porém, os clubes é que são os responsáveis por estes custos. Haveria notas frias para justificar estes gastos, segundo a reportagem publicada no fim do ano.

As federações também contestariam Toninho na assembleia quanto ao fim do convênio da CBAt com o Ministério do Esporte. Pelo acordo, haveria a criação de uma rede de treinamento de atletismo, com centros instalados no interior de São Paulo e no Rio de Janeiro. A rede era uma das apostas do atletismo brasileiro para o ciclo olímpico dos Jogos de Tóquio-2020.