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Após pesquisa desfavorável, governadora de Tóquio nega cancelamento da Olimpíada

Uma sondagem divulgada pela cadeia de televisão pública japonesa NHK mostra que apenas 27% dos japoneses apoiaram a realização dos Jogos Olímpicos em 2021

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Foto: Reprodução

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, declarou nesta terça-feira não ver “qualquer cenário” suscetível que possa levar ao cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano devido à pandemia do novo coronavírus. Ela reconheceu que uma maioria do público japonês continua a se opor à realização em 2021 do evento, devido a um aumento dos casos de covid-19, mas disse estar convencida que estas preocupações podem ser ultrapassadas.

“O público japonês e os residentes de Tóquio estão focados na situação atual”, declarou Koike em declarações dadas nesta terça-feira. “Nós estamos voltados para o futuro”, acrescentou.

A governadora advertiu que o futuro de Tóquio-2020, inicialmente marcado para o verão (do hemisfério norte) deste ano, terá um impacto nos futuros eventos olímpicos como os Jogos de Inverno de 2022, em Pequim, na China, e a Olimpíada de 2024, em Paris, na França.

Os Jogos de Tóquio-2020 foram os primeiros da história a serem adiados em tempo de paz e um novo adiamento foi já excluído pelos organizadores e responsáveis japoneses.

Uma sondagem divulgada pela cadeia de televisão pública japonesa NHK mostra que apenas 27% dos japoneses apoiaram a realização dos Jogos Olímpicos em 2021, sendo 32% favoráveis à anulação e 31% a um novo adiamento.

Outras sondagens de opinião confirmaram as reticências do público japonês. Na segunda-feira, a agência de notícias Jiji divulgou uma sondagem, na qual 21% dos entrevistados defenderam a anulação e cerca de 30% um novo adiamento. Em uma pesquisa idêntica, publicada no último dia 6 pela agência de notícias japonesa Kyodo, 61,2% opuseram-se à realização de Tóquio-2020 no próximo ano.

O recente lançamento de campanhas de vacinação em diferentes regiões do mundo veio reforçar a confiança dos organizadores na possibilidade de realizar os Jogos Olímpicos, mesmo se ela não for obrigatória para atletas ou torcedores.

No entanto, e ao mesmo tempo que as primeiras vacinas começam a ser distribuídas, novos casos de infecções estão surgindo em vários países, incluindo o Japão, onde o balanço é relativamente baixo, com menos de 2.600 mortos desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.

No início de dezembro, os organizadores anunciaram que os Jogos Olímpicos iriam custar 2,1 bilhões de euros (mais de R$ 13 bilhões, na cotação atual) a mais do que o inicialmente previsto, o que elevou o orçamento total provisório para cerca de 13 bilhões de euros (quase R$ 81 bilhões).

Em 2021, os Jogos Olímpicos acontecerão entre 23 de julho e 8 de agosto e os Paralímpicos entre 24 de agosto e 5 de setembro.