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Após queda na Libertadores, São Paulo passará por um período de reformulação

Aos poucos o elenco passa por mudanças, a diretoria voltará a procurar um técnico e o clube vai ter de se virar sem o faturamento de bilheteria e de premiação propiciado pelo torneio

Após queda na Libertadores, São Paulo passará por um período de reformulação Após queda na Libertadores, São Paulo passará por um período de reformulação Após queda na Libertadores, São Paulo passará por um período de reformulação Após queda na Libertadores, São Paulo passará por um período de reformulação
Após queda na Libertadores, São Paulo passará por um período de reformulação
O São Paulo voltará a buscar um técnico Foto: Estadão Conteúdo

São Paulo – A queda nas oitavas de final da Copa Libertadores vai forçar o São Paulo a iniciar um processo de reformulação. Aos poucos o elenco vai passar por mudanças, a diretoria voltará a procurar um técnico e o clube vai ter de se virar sem o faturamento de bilheteria e de premiação propiciado pelo torneio continental.

A eliminação nos pênaltis para o Cruzeiro significou o fim da participação na Libertadores de dois ícones do clube tricolor. O goleiro Rogério Ceni confirmou nesta quinta-feira, durante o desembarque do time, que se aposenta no dia 6 de agosto – quando termina o seu contrato. “É uma pena. Era a última possibilidade de jogar uma final e ser campeão”, afirmou o jogador de 42 anos. Ceni terá mais 15 jogos para disputar no Campeonato Brasileiro.

Outro já em rota de despedida do São Paulo é o atacante Luis Fabiano. Aos 34 anos e com contrato até dezembro, não deve ter o vínculo renovado. E nesta quinta-feira sentiu o descontentamento da torcida por ter perdido um dos pênaltis no estádio do Mineirão.

Ao desembarcar no aeroporto de Congonhas, ouviu xingamentos e gritos de “pipoqueiro”. “Já passei por vários momentos difíceis. Este é mais um. Sinceramente, se tiver de cumprir contrato, vou cumprir, independentemente dos idiotas que me xingam”, afirmou, enquanto tentava olhar e identificar de onde vinham os gritos.

O fim da linha para o São Paulo traz ainda um prejuízo financeiro. Se conquistasse o título, o clube ganharia cerca de R$ 15,8 milhões de premiação e conseguiria lucrar pelo menos outros R$ 10 milhões com a bilheteria se chegasse à decisão, além de atrair patrocínios pontuais.

Com uma dívida de R$ 100 milhões e previsão de déficit de R$ 54 milhões para 2015, esse dinheiro vai fazer falta e obrigar o clube a negociar jogadores. O primeiro dessa lista é o volante Rodrigo Caio, que interessa ao Atlético de Madrid. A meta do presidente Carlos Miguel Aidar é que o atleta não saia por menos de R$ 67 milhões.

Outro jogador a deixar o clube deve ser o zagueiro Dória. Emprestado pelo Olympique de Marselha até junho, voltará para a França. A diretoria vai em busca de reforços para a defesa e também para o ataque.

TREINADOR – O adeus à competição reabre a busca por técnico. Milton Cruz ganhou status de efetivo graças aos bons resultados que vinha obtendo e porque os dirigentes achavam arriscado contratar um técnico no meio da Libertadores. Mas agora isso não faz mais sentido e a diretoria volta a procurar um profissional de peso para assumir o time enquanto o Brasileirão ainda está no início.

O técnico da seleção do Chile, o argentino Jorge Sampaoli, continua como um sonho distante. Pelo menos até a disputa da Copa América não há chance de ele assumir a equipe e com poucas opções no mercado, o São Paulo volta a viver o drama do começo de abril, quando Muricy Ramalho deixou o cargo.