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Após recorde de público, Itajaí se candidata para nova edição da Volvo Ocean Race

Após recorde de público, Itajaí se candidata para nova edição da Volvo Ocean Race Após recorde de público, Itajaí se candidata para nova edição da Volvo Ocean Race Após recorde de público, Itajaí se candidata para nova edição da Volvo Ocean Race Após recorde de público, Itajaí se candidata para nova edição da Volvo Ocean Race

Nem bem os ventos de Itajaí levaram os veleiros da Volvo Ocean Race rumo a Newport, nos Estados Unidos, e os organizadores do evento na cidade de Santa Catarina já se preparam para receber a próxima edição da regata de volta ao mundo, que acontece a cada três anos.

Em entrevista ao Estado, o presidente da Itajaí Stopover, Evandro Neiva, que é quem cuidou de todos os trâmites da etapa brasileira da competição, informou que a cidade já manifestou interesse em receber pela quarta vez os veleiros mais resistentes e menos confortáveis do mundo.

“Existe uma sinalização em relação à possibilidade de Itajaí receber novamente a regata na próxima edição. Já há conversas adiantadas, mas esta é uma definição que depende única e exclusivamente da Volvo Ocean Race Internacional”, informou.

O diretor geral da competição, Antonio Bolaños, também em conversa com a reportagem, afirmou que a decisão deverá ser tomada apenas no próximo ano. “Temos que analisar com calma todas as propostas. Há outras cidades brasileiras interessadas e essa não é uma decisão fácil”, disse.

O Rio de Janeiro também já recebeu uma edição do evento, em 2008/2009, ano que o barco sueco Ericson 4, do capitão brasileiro Torben Grael, se sagrou campeão. Formalmente, a cidade carioca ainda não manifestou interesse.

Segundo Evandro Neiva, o único concorrente que surgiu é Salvador, na Bahia. “Mas temos ouvido da direção geral, como de Antonio Bolaños, que a receptividade, a segurança da cidade, o envolvimento da comunidade e o incentivo da administração municipal podem mesmo definir Itajaí novamente para receber pela quarta vez a Fórmula 1 dos Mares”, prosseguiu o mandatário da Stopover.

Além dos pré-requisitos citados, a etapa deste ano de Itajaí bateu recordes de público e a estimativa é que bata também de receita gerada para a cidade. “Tivemos um envolvimento grande de mais de 400 mil pessoas na Vila da Regata. Além disso, a movimentação econômica para o Estado de Santa Catarina girou na faixa dos R$ 82 milhões”, revelou Evandro Neiva.

Outro ponto a favor de Itajaí, segundo fontes ouvidas pelo Estado, se refere à localização estratégica da cidade catarinense para o evento. Itajaí é a etapa em que os veleiros cruzam o Atlântico pelos mares do sul. É a parte mais difícil da regata, tanto é que vale pontuação dobrada. Estar mais ao sul do País facilita para as embarcações após uma perna exaustiva e também deixa a próxima etapa, que é nos Estados Unidos, mais comprida.

Depois de Newport, haverá mais três etapas até o término da temporada 2017/2018 da Volvo Ocean Race. Dos Estados Unidos, os veleiros cruzam o Atlântico rumo a Cardiff, no País de Gales. Depois seguem para Estrasburgo, na França, e terminam em Hague, na Holanda, em 24 de junho.

Atualmente, a liderança na classificação geral pertence ao barco chinês Dofeng. A regata de volta ao mundo também conta com a participação da brasileira e campeã olímpica Martine Grael. Ela faz parte da tripulação holandesa do Akzonobel, que ocupa o quarto lugar.