Esportes

Após série de atentados, Roland Garros mantém nível de segurança elevado

O nível de segurança foi ampliado inicialmente para a edição 2016, na esteira dos atentados que vinham causando medo em Paris. Para este ano, a mesma estrutura foi mantida

Após série de atentados, Roland Garros mantém nível de segurança elevado Após série de atentados, Roland Garros mantém nível de segurança elevado Após série de atentados, Roland Garros mantém nível de segurança elevado Após série de atentados, Roland Garros mantém nível de segurança elevado
Após série de atentados, Roland Garros mantém nível de segurança elevado
O evento reúne centenas de pessoas  Foto: Reprodução/Instagram

Paris – Depois de vários atentados terroristas que assustaram a França nestes últimos anos, a organização de Roland Garros manteve o nível de segurança elevado pelo segundo ano consecutivo. O complexo onde é disputado o Grand Slam francês é cercado por seguranças e barreiras de parada para revistas de fãs de tênis, jornalistas e até de membros da organização do torneio.

O nível de segurança foi ampliado inicialmente para a edição 2016 da competição, na esteira dos atentados que vinham causando medo em Paris e no interior do país. Para este ano, a mesma estrutura foi mantida. A organização de Roland Garros não revela medidas adicionais e nem o número de pessoas envolvidas na ação, alegando justamente questões de segurança.

Para entrar no complexo, vindo da estação de metrô mais próxima (Porte D’Auteuil), o torcedor deve passar por ao menos três barreiras, nas quais deve abrir mochilas e bolsas e ainda passar por revista manual e com detector de metais. O mesmo vale para os jornalistas, obrigados a uma revista extra, na porta de entrada, em razão dos aparelhos eletrônicos que carregam para realizar seus trabalhos.

Grades de metal, vestidas com tecido verde escuro e o símbolo de Roland Garros, delimitam a entrada das pessoas, enquanto caixas de som espalhadas pelas ruas vizinhas explicam os procedimentos de segurança e pedem a compreensão do público, que parece não reclamar da rigidez do controle. Para efeito de comparação, a entrada nos jogos da Copa do Mundo de 2014 em São Paulo tinha menos paradas para revistas e checagem de bolsas.

Dentro do complexo, os seguranças são menos visíveis e o clima é de tranquilidade, apesar de um susto ocorrido na quarta-feira passada. A organização fechou rapidamente uma passagem ao lado da quadra Philippe Chatrier, a maior e mais importante do complexo, devido a uma mala esquecida no local. O trecho por onde passam fãs e jornalistas ficou interditado por poucos minutos e não chegou a afetar a partida entre a espanhola Garbiñe Muguruza e a estoniana Anett Kontaveit, que era disputada na quadra principal.

Mesmo admitindo que não gosta de ser acompanhado por seguranças, o espanhol Rafael Nadal disse compreender a rigidez do controle em Roland Garros. “Sou o tipo de pessoa que não gosta de estar cercado por seguranças. Mas, num grande evento como esse, é importante tomar as medidas corretas de segurança para todo o público, para os jogadores, para todo mundo ficar seguro”, afirmou o maior campeão da história do torneio parisiense, com nove títulos.

A rigidez no controle em Roland Garros não é por acaso. A França sofreu pelo menos dez atentados terroristas desde o início de 2015, a partir do ataque ao jornal Charlie Hebdo. Em novembro do mesmo ano, Paris voltou ao noticiário mundial por causa dos ataques à casa de shows Bataclan e à vizinhança do Stade de France. No total, 130 pessoas morreram.

O Estado Islâmico reivindicou os ataques, assim como fez em abril deste ano, quando um tiroteio na Avenida Champs-Élysées, a mais famosa rua parisiense, voltou a assustar os franceses. Um policial e o próprio atirador morreram no local.