O Circuito Mundial de Bodyboarding desembarcou no Espírito Santo e as melhores do mundo já começam a cair no mar a partir desta sexta-feira (12), primeiro dia de disputas do ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro. A competição vai até o dia 21 de setembro na praia de Jacaraípe, em Serra.
Com previsão de altas ondas, o evento é válido pela última etapa feminina do Circuito Mundial e vai definir os títulos da temporada das categorias profissional, pro junior e master.
São 120 bodyboarders, de mais de 10 países, na competição que terá uma premiação total de 45 mil dólares (R$ 250 mil), um aumento de 28,5% em relação à edição 2024.
Serão disputadas também categorias especiais: PCDs (amputadas, mastectomizadas e deficientes visuais), exclusiva no Wahine, sem contar pontos para o Circuito Mundial, e Mães&Filhos, celebrativa, sem caráter competitivo oficial.
“O Wahine é mais do que um campeonato. É uma grande festa do bodyboarding feminino, trazendo a representatividade, a força e o futuro da mulher na modalidade. Uma oportunidade de encontro, de troca de experiências, que vai além da disputa em si. Expectativa muito grande para esta edição, fortalecendo cada vez mais o evento, crescendo sempre”
Neymara Carvalho, idealizadora do evento
Pentacampeã mundial, Neymara comemora 30 anos de circuito mundial, o que deixa o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro deste ano ainda mais especial.
“Completo 30 anos de Circuito de Mundial, são três décadas de muito amor, muito orgulho, muitas vitórias, muito aprendizado. Culminando com este fechamento que é o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro, que é a maior etapa feminina do bodyboarding feminino no mundo! O Espírito Santo merece”, vibra a Pequena Notável.
Marco no empoderamento feminino
Diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da ArcelorMittal, João Bosco Reis da Silva aproveitou a coletiva de imprensa para anunciar a bodyboarder Bianca Simões, cria do Instituto Neymara Carvalho e atual top 8 do ranking mundial profissional, como nova atleta patrocinada pela empresa.
O executivo defende o poder de inclusão do esporte e do evento como ferramenta de transformação social.
“O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro é um marco de empoderamento feminino no esporte e na sociedade. Além de reunir as melhores atletas do mundo, o evento abre espaço para promover a inclusão, respeito às pessoas e ao meio ambiente, transformação social. Para nós, na ArcelorMittal, também é uma iniciativa que reafirma nosso compromisso desenvolver de maneira sustentável as comunidades onde estamos presentes, movimentando a economia e o turismo”, ressalta João Bosco.
Destaques do Brasil e do exterior em Jacaraípe
O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro reunirá nomes como a líder e a vice-líder do ranking mundial, Namika Yamashita (Japão) e Alexandra Rinder (Áustria), respectivamente, assim como a quarta colocada, a portuguesa Joana Schenker.
“Quero participar das baterias, uma por uma, vencer bem, em busca de me tornar a campeã mundial”, observou a líder do ranking, Namika Yamashita.
O Brasil estará representado por atletas como Neymara Carvalho, número cinco no ranking mundial; a atual campeã mundial, Maíra Viana; Maylla Venturin, número sete do ranking; além de Luna Hardman e Bianca Simões, destaques da nova geração.
Sábado já tem definição de título
Na categoria master, presença confirmada da carioca Mariana Nogueira, a atual campeã e que venceu as últimas três edições. Estarão na Serra, também, Luana Dourado e Catarina Souza. Na Pro Junior, presença confirmada da chilena Constanza Souto.
A grande “novidade” desta edição, no entanto, é a presença da paulista Claudia Ferrari, que em 1995 foi a primeira campeã do Circuito Mundial de Bodyboarding.
A primeira categoria que vai definir as campeãs do evento é a PCDs, com disputadas para atletas amputadas, mastectomizadas e deficientes visuais. As bodyboarders decidem o título já no sábado (13).
Em 2024, Renata Bazone foi a campeã na categoria deficientes visuais.
“Eu não sabia nadar, nem surfar. Mas acreditaram em mim e eu nem acredito que hoje estou aqui no meio dessas mulheres todas que são referências”, comemora Renata.
Carioca, ela chegou a Serra, no Espírito Santo ainda criança. Antes de brilhar no bodyboardgin, foi campeã mundial nos 800m da classe T11 (cegueira total) no atletismo paralímpico no Mundial de Doha-2015.
Confira as campeãs do ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2024
- Profissional: Sari Ohara (Japão)
- Pro Junior: Luna Hardman (Brasil)
- Master: Mariana Nogueira (Brasil)
- Deficientes Visuais: Renata Bazone
- Mastectomizadas: Cristiana Dantas
- Amputadas: Carla Cunha