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Artesão vende as réplicas da taça na Granja Comary

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Teresópolis – O artesão Jarbas Carlini, de 46 anos, não conseguiu, neste domingo, o tão desejado contato com o capitão da seleção brasileira, Thiago Silva. Dirigiu cerca de 100 km entre o bairro de Campo Grande, na zona oeste do Rio, e a entrada da Granja Comary, em Teresópolis. Mas não pode reclamar. A viagem foi bastante lucrativa para ele. Jarbas faz réplicas da Taça Fifa e teve um dia de “excelentes negócios’’.

Ele levou 30 exemplares para Teresópolis, chegou às 9h e, às 15h, disse ao Estado ter vendido 20 delas, a R$ 100 cada. As peças, com 1,7 quilo, são feitas com cimento, gesso e barro. “Produzi cerca de 2 mil peças. Tenho menos de 200 em casa’’, garantiu o artesão.

Jarbas, porém, não vendeu todas. Umas 75, segundo seus cálculos, foram doadas a jogadores, treinadores e “celebridades em geral’’. Na atual seleção, ele diz já ter presenteado o técnico, Luiz Felipe Scolari, o coordenador, Carlos Alberto Parreira, o goleiro Jefferson e o atacante Fred.

“Queria entregar uma para o Thiago Silva, para ele ir treinando, pois vai levantar a taça verdadeira no dia da final. Mas, como o treino é fechado, não vai dar’’, lamentou.

Jarbas diz que trabalha com tecnologia na área de mecânica e que é artesão por hobby. Teve a ideia de fazer uma réplica da Taça Fifa em 1994, quando viu Dunga levantar o troféu na Copa dos Estados Unidos. “Eu levava quatro meses para confeccionar cada peça, até que um amigo me ensinou a fazer o molde. Aí ficou mais fácil.’’

A iniciativa de construir as peças em larga escala, porém, ele só teve em 2007, depois de o Brasil ser oficializado como sede da Copa do Mundo. Já a de presentear ídolos do futebol com a réplica do troféu surgiu um pouco antes.

A atitude, porém, não foi dele. “Fui ver um jogo do Vasco com o Olaria, quando o Romário estava naquela batalha para fazer mil gols, e levei a taça. Um jornalista me perguntou se eu pretendia entregá-la a ele. Achei a ideia boa e entreguei. Aí comecei a presentear jogadores.’’