Esportes

Atletas brasileiros medalhistas olímpicos nos Jogos de Paris ganharão premiação recorde

Atletas brasileiros medalhistas olímpicos nos Jogos de Paris ganharão premiação recorde Atletas brasileiros medalhistas olímpicos nos Jogos de Paris ganharão premiação recorde Atletas brasileiros medalhistas olímpicos nos Jogos de Paris ganharão premiação recorde Atletas brasileiros medalhistas olímpicos nos Jogos de Paris ganharão premiação recorde

A exatamente um ano para o início dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) reforçou os objetivos da delegação brasileira no megaevento a ser disputado na França, divulgou novidades nos programas olímpicos e apresentou atualizações nas estratégias esportivas e de marketing em evento realizado na zona sul de São Paulo, nesta quarta-feira.

O COB traçou como meta para Paris-2024 superar os resultados obtidos na Olimpíada de Tóquio, em 2021. No Japão, a delegação brasileira conquistou 21 medalhas, registrando a melhor participação da história. Foram sete de ouro, seis de prata e oito de bronze. No final, o Brasil ficou com a 12ª colocação entre 206 países.

Para ajudar a bater a meta, o COB decidiu dar um estímulo financeiro aos atletas ao aumentar a premiação em caso de medalha. A entidade dará R$ 350 mil para quem ganhar a medalha de ouro, um aumento de 40% em relação ao que foi pago aos campeões olímpicos de Tóquio. Quem conquistar a prata levará R$ 210 mil. O bronze renderá R$ 140 mil. Esses valores dizem respeito às modalidades individuais.

No caso das modalidades disputadas em grupo (um a seis atletas), as equipes vão faturar R$ 700 mil pelo ouro, R$ 420 mil pela prata e R$ 280 mil pelo bronze.

A última categoria, a de jogadores de modalidades coletivas (a partir de sete esportistas), como vôlei e futebol, vai pagar R$ 1.050.000,00 para os campeões, R$ 630 mil para os segundos colocados e R$ 420 mil aos que subirem no terceiro lugar mais alto do pódio.

Segundo o presidente do COB, Paulo Wanderley, a verba destinada à premiação dos medalhistas virá dos recursos obtidos com a Lei das Loterias. “Torço para que tenhamos muitas medalhas”, comentou o mandatário, que contou que ainda terá de decidir como e onde será feita a “justa homenagem” com o pagamento da premiação aos futuros medalhistas olímpicos. O atleta tem a improvável opção de não receber o prêmio. Caso o faça, o valor voltará para o COB.

Estiveram no evento alguns medalhistas olímpicos, como Janeth Arcain, Rebeca Andrade, Rogério Sampaio e Vanderlei Cordeiro de Lima, além de dirigentes do COB. “Sou grato ao esporte por ter transformado a minha vida e a da minha família. A magia do esporte faz o nosso país vencedor”, afirmou Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze nos Jogos de Atenas, em 2004. O ex-maratonista vai acompanhar a delegação brasileira em Paris.

Neste ciclo olímpico, o mais curto da história devido à pandemia de covid-19, que atrasou os Jogos de Tóquio em um ano, o Time Brasil já tem 43 vagas garantidas em Paris-2024, sendo 34 femininas e nove masculinas.

SUSTENTABILIDADE

O COB elaborou um programa com iniciativas sustentáveis e convocou a principal atleta olímpica do País atualmente, Rebeca Andrade, para ser a porta-voz de sustentabilidade da entidade em eventos e redes sociais.

“Acho importante mudar um pouco as nossas práticas, sermos mais sustentáveis. Estou honrada e até meio perdida sobre o que falar”, disse a ginasta, ainda tímida e sem jeito, mesmo já acostumada a lidar com a fama que seus títulos e medalhas lhe trouxeram.

PLANEJAMENTO LOGÍSTICO

Os trabalhos voltados para Paris-2024 começaram ainda em 2019, antes dos Jogos de Tóquio. A base do Time Brasil será a cidade de Saint-Ouen e a delegação brasileira terá cinco locais exclusivos, entre eles o principal, a 600 metros da Vila Olímpica.

Cada um desses locais oferecerá serviços específicos no período dos Jogos. Monumento histórico e símbolo da cidade, o Château Saint-Ouen pode acomodar serviços médicos, preparação mental, áreas operacionais e alimentação brasileira, além de ser o ponto de encontro dos atletas com seus amigos e familiares. Função similar terá a Escola Petit Prince, base de apoio voltada à performance esportiva.

“Não há nenhum país com instalações tão próximas como as nossas. Conseguimos a melhor localização em termos de distância e de qualidade dos serviços. Os atletas estarão tranquilos para treinar e competir”, diz Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do COB.

O trabalho já está em fase de execução quanto à logística operacional. Neste mês de julho, integrantes do COB estiveram em Marselha como parte da operação da estrutura de apoio aos atletas durante o evento-teste da vela.

A partir do próximo dia 30, os olhos do COB se voltam para mais de 15 mil quilômetros de distância da capital francesa, no Taiti, onde será testada a base de apoio para o surfe durante a etapa de Teahupo’o do Circuito Mundial.

O caminho para Paris terá uma escala importante em Santiago, no Chile, onde serão disputados os Jogos Pan-Americanos, entre 20 de outubro e 5 de novembro. O evento terá 33 das 60 disciplinas como classificatórias para Paris-2024, sendo 21 de maneira direta e outras 12 distribuindo pontos para rankings olímpicos ou que valerão marcas necessárias à classificação.