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Bicampeã olímpica, Fabi se aposenta da seleção de vôlei

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Saquarema – A vitoriosa líbero Fabi anunciou nesta sexta-feira aposentadoria da seleção brasileira feminina de vôlei. Convocada pela primeira vez em 2001 a jogadora de 34 anos se despede da equipe nacional após 275 vitórias em 315 jogos e duas medalhas de ouro olímpicas, em 2008 e 2012, além de seis títulos do Grand Prix, dois da Copa dos Campeões, seis do Campeonato Sul-Americano e um do Pan-Americano.

“Foi uma decisão muito difícil. Pensei nisso durante todo o ano passado e até esse momento. Refleti sobre o que eu já tinha feito na seleção brasileira. A minha relação com a seleção foi o melhor casamento que poderia acontecer”, disse Fabi no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), em Saquarema (RJ).

A atleta, que seguirá atuando pelo Unilever, exaltou as suas maiores conquistas defendendo o Brasil. “Tivemos dois filhos que foram duas medalhas olímpicas e procurei sair desse casamento com muita lucidez, estando consciente de que foi bacana, que deu tudo certo e que eu fiz tudo que tinha para fazer. Contribuí da melhor maneira possível e deixo uma história bonita. A minha missão foi cumprida”, comentou Fabi, que estava convocada para disputar o Grand Prix.

O currículo impressionante e a qualidade da atleta fizeram o técnico da seleção, José Roberto Guimarães, lamentar a opção dela, mas elogiar seus anos de contribuição à seleção. “Tentamos mudar a decisão da Fabi porque a história dela se mistura com a história desse grupo. Ela superou muitas dificuldades e obstáculos para ser a jogadora que é hoje. A história dela é de empenho, dedicação e superação, principalmente nos momentos mais difíceis da carreira dela. Temos que respeitar a escolha e torcer para que ela seja muito feliz”, afirmou o treinador.

Zé Roberto deixou as portas abertas para uma possível volta da líbero. “O importante é o legado e o exemplo de pessoa e atleta que ela deixa para todos. Ainda tenho esperança de contar com ela, mas a Fabi sabe o quanto é querida e que vai fazer muita falta. Agradeço muita tudo que ela fez pela seleção”, disse o treinador, no cargo desde 2003.

Fabi disse que o papel dela agora é outro. “A partir de hoje, sou uma grande torcedora desse grupo. Deixo aqui amigos e momentos inesquecíveis. O que vou mais sentir falta será a convivência”, afirmou a jogadora, que tomou decisão surpreendente para Sheilla, sua agora ex-colega de seleção.

“Não esperava que ela fosse tomar essa decisão nesse ano, mas entendo a escolha dela. Conversamos sobre a decisão e entendo os motivos. Tenho certeza que ela será bem sucedida no que ela escolher na vida dela Só tenho que agradecer a Fabi pelo que nós construímos como grupo”, finalizou a oposto, também bicampeã olímpica.