Esportes

Blatter diz que dirigentes da Fifa devem passar por 'testes de integridade'

Blatter diz que dirigentes da Fifa devem passar por ‘testes de integridade’ Blatter diz que dirigentes da Fifa devem passar por ‘testes de integridade’ Blatter diz que dirigentes da Fifa devem passar por ‘testes de integridade’ Blatter diz que dirigentes da Fifa devem passar por ‘testes de integridade’

Zurique – Depois de anunciar sua renúncia à presidência da Fifa no início deste mês, quando se viu no meio do furacão que se tornou os escândalos de corrupção que atingem a entidade, Joseph Blatter acredita que os dirigentes do alto escalão do organismo que controla o futebol mundial deveriam ser submetidos a ‘testes de integridade’.

O suíço de 79 anos de idade utilizou a sua coluna na revista semanal da Fifa, publicada nesta sexta-feira, para lembrar da reunião extraordinária do seu comitê executivo que será realizada no próximo dia 20 de julho, em Zurique. Nesta data a entidade definirá a nova data da sua próxima eleição presidencial, assim como Blatter prometeu que serão tomadas “decisões para extensas mudanças na estrutura da Fifa”.

Ao abordar o assunto, o mandatário afirmou que voltará a introduzir “testes independentes de integridade a todos os membros dos mais importantes comitês da Fifa”, seguindo uma proposta feita por Wolfgang Niersbach, presidente da Federação Alemã de Futebol e novo membro do Comitê Executivo da Fifa.

Em seguida, Blatter enfatizou que a sugestão de Niersbach “voltou a colocar na mesa uma iniciativa que vinha sendo bloqueada mais precisamente pela Uefa”, cujo presidente, Michel Platini, liderou oposição contra reeleição do suíço à presidência da Fifa. Para o suíço, é “antes tarde do que nunca” implementar essa medida.

Destacando também que a Confederação Asiática de Futebol é a única que conta com um comitê de ética independente nos moldes do que possui a Fifa, Blatter também disse que as “outras confederações devem assumir suas responsabilidades nas questões éticas”.

Com o título “Mais democracia”, esta última coluna de Blatter também traz um tom populista, pois o dirigente destaca que é preciso redistribuir melhor os membros do Comitê Executivo da Fifa, que hoje conta com 25 nomes e deveria ser ampliado a um maior número de representantes para dar mais espaço, por exemplo, às confederações da África e da Ásia, que contam respectivamente apenas com cinco e quatro integrantes no comitê.

O tom populista faz levar a crer que Blatter poderá desistir de sua anunciada renúncia em uma possível manobra política para poder seguir à frente da presidência da Fifa. “Apenas juntos poderemos continuar a guiar o processo de reforma. Isso é algo que eu me empenharei até o dia final do meu mandato”, afirmou o dirigente ao fechar a sua coluna.

Blatter falou em “democracia” no meio do futebol um dia depois de o presidente da Associação Liberiana de Futebol (LFA, na sigla em inglês), Musa Bility, anunciar que tentará concorrer à presidência da Fifa. O dirigente se tornou o segundo nome a manifestar oficialmente o interesse em assumir o cargo. Antes de Bility revelar o desejo de entrar na corrida pela presidência, Zico havia sido o primeiro a assumir que tentará se tornar um candidato. O astro brasileiro e o liberiano, porém, dependem do apoio oficial de pelo menos cinco federações mundiais cada um para terem o direito de aspirar ao posto.