Corredor fantasiado contra a corrupção vai parar no Livro dos Recordes brasileiro

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O atleta chama atenção de forma bem humorada para assuntos polêmicos. A corrupção sempre é o foco

E aí, corredor, você exerce bem o seu papel de cidadão? Vota consciente e escolhe o candidato que melhor te representa? Domingo é dia de votação e o Blog Corrida de Rua conta a história de um brasileiro que utiliza a corrida para protestar contra os atos de corrupção e os escândalos envolvendo a política brasileira.

Roberto Gandolfo Sarli Junior tem 53 anos e acaba de entrar para o RankBrasil, o livro dos recordes brasileiros, com a maior quilometragem percorrida fantasiado em provas oficiais no país. Ele já correu 931,06 km vestindo trajes inusitados.

O hábito de usar os números de peitos por cima das fantasias começou na década de 80. Em 2004, o corredor paulistano conquistou o seu primeiro recorde, como o 1º brasileiro a participar de esporte oficial fantasiado. Desde então, ele acredita ter confeccionado e utilizado aproximadamente 70 fantasias.

De acordo com Sarli Junior, as fantasias são uma forma inteligente de protestar.  “Procuro participar das corridas levando esses assuntos que são destaques negativos no noticiário nacional e internacional fazendo o pessoal se lembrar de uma forma bem humorada. Quando o povo não entende o significado, fico chateado”, conta.

A corrupção é um dos temas mais recorrentes que Sarli Junior utiliza nas fantasias para protestar durante as corridas. No ano de 92, ele competiu vestido de “Cheque Fantasma do PC”. O traje procurava gerar reflexão sobre os escândalos envolvendo Paulo César Farias e o presidente da época, que resultaram no impeachment de Fernando Collor de Mello.

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Fantasia ‘Pizza da CPI’ na São Silvestre. Fotos: Arquivo recordista

Em 2003, ele percorreu a 79ª Corrida Internacional da São Silvestre fantasiado de prato da ‘FómiZéria’ fazendo uma sátira ao programa Fome Zero, do Governo Federal. Já na edição 2005 da mesma prova, o atleta se vestiu de “Pizza da CPI”, fazendo referência às várias investigações instauradas naquele ano que terminaram sem um parecer final.

Uma das grandes preocupações do recordista paulista é com a escolha dos temas que devem ser atuais e polêmicos. Ele geralmente faz a fantasia na véspera da entrega dos kits das corridas. “Às vezes faço a fantasia uma semana antes de correr. Não adianta preparar muito antes porque algo pode acontecer e tudo mudar”, revela.

Para a corrida de São Silvestre deste ano, o corredor deve escolher entre três opções: o vexame do 7 a 1 da Seleção Brasileira na Copa, a queda do avião do candidato à presidência Eduardo Campos e os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras.

Com informações do RankBrasil.

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