Chegadas emocionantes, dramáticas e disputadas nas corridas

Chegadas emocionantes na corrida

A paixão por correr faz com os corredores busquem forças extrafísicas para vencer seus próprios limites. E é na chegada das provas que toda a emoção vem à tona. Selecionei 13 vídeos que mostram as chegadas mais emocionantes, dramáticas e disputadas nas corridas de rua

Em provas de longas distâncias como Maratona ou Ironman, são mais comuns as cenas dramáticas de determinação e bravura de atletas. Superação de limites e de dor, garra, determinação e força de vontade? Ou irresponsabilidade, erro e risco desnecessário à vida? Os especialistas ponderam os efeitos negativos de se levar o corpo à completa exaustão. Por outro lado, há quem defenda esses humanos super-heróis que viram inspiração para os corredores. Não importa! Para além de qualquer julgamento, todos eles merecem respeito. Assista e emocione-se!

JogarTudo é possível! Em 2005, Bevan Docherty conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial da ITU (União Internacional de Triatlo), após esse maravilhoso sprint, em cima do seu compatriota Kris Gemmell. O vídeo é frequentemente utilizado em mensagens de superação. O lema do atleta é: “A dor do arrependimento é muito pior do que a dor de empurrar você mesmo!”

JogarEmocionante e dramático! Sian Welch e Wendy Ingraham, no Ironman do Havai de 1997, mostram em mais um vídeo surpreendente os limites do corpo. Elas se debatem, lutando contra espasmos musculares, e buscam forças que parecem adquiridas no fundo d’alma, para cruzarem a linha de chegada engatinhando.

JogarDuelo na Brigadeiro! Na São Silvestre de 92, o mexicano Arturo Barrios e o queniano Simon Chemwoyo brigam pela vitória na reta final em um duelo emocionante nas ruas de São Paulo.

JogarEscorregão! Momentos antes de cruzar a linha de chegada, o queniano Robert Cheruiyot levou um baita tombo e bateu a cabeça no chão. Mesmo com o acidente, ele foi considerado vencedor da Maratona de Chicago em 2006 com o tempo de 2h07min35 após disputa acirradíssima com os seus compatriotas.

JogarEles chegaram juntos! Em 2007, também na Maratona de Chicago outra chegada “polêmica”. A prova foi marcada não só pela surpreendente onda de calor, com pico de mais de 35 graus, o que levou à morte um corredor e mais de 300 inscritos a receberem atendimento médico, mas também pela disputa acirradíssima. O queniano Patrick Ivuti cruzou a linha de chegada junto com o marroquino Jaouad Gharib, ambos com o tempo de 2h11min11. Mas Ivuti foi considerado campeão na contagem dos centésimos de segundos.

JogarHistórica! Quem não se lembra da imagem da maratonista suíça Gabrielle Andersen-Schiess, na Olimpíada de 84, em Los Angeles? Completamente desidratada e desorientada pelo esforço no calor, além de estar com uma forte cãibra na perna esquerda, a maratonista cambaleou nos últimos 200 metros da maratona levando 10 minutos para completá-los até cair desacordada nos braços dos médicos sobre a linha de chegada. Após a prova ela disse aos jornalistas que queria terminar o percurso, pois aquela talvez fosse sua única oportunidade olímpica devido aos seus trinta e nove anos. A briga não era pelo pódio. A maratona feminina foi conquistada pela norte-americana Joan Benoit. Gabrielle Andersen chegou na 33ª colocação entre 44 corredoras.

JogarDesmaiada! A corredora africana Beata Naigambo estava quase cruzando a linha de chegada quando perdeu as forças e desmaiou. Mesmo assim, a maratonista se levantou para cruzar a linha de chegada da maratona feminina dos Jogos da Commonwealth, em Glasgow, na Escócia, em 2014. Beata terminou a prova em 11.º lugar e depois foi levada para um hospital de cadeira de rodas.

JogarEngatinhando! Cena de superação extrema marcou a edição de 2015 da Maratona de Austin, nos Estados Unidos. A queniana Hyvon Ngetich, de 29 anos, terminou os 42 metros da prova engatinhando! Ao brigar por um lugar no pódio, já nos metros finais da prova, a atleta atingiu os limites do seu corpo e caiu. A organização da Maratona providenciou uma cadeira de rodas, mas a queniana recusou o auxílio e, engatinhando, com olhar fixo na linha de chegada, Hyvon Ngetich continuou o percurso de joelhos. Caso a corredora aceitasse a ajuda, ela seria desclassificada da corrida. Os últimos 50 metros da Maratona foram percorridos pela guerreira ao lado de voluntários da prova. Todo o esforço de Hyvon Ngetich, claro, ovacionado pelo público, lhe rendeu o terceiro lugar no pódio, com o tempo de 3h04m02s, e a classificação para a prestigiada Maratona de Boston

JogarSolidariedade esportiva – O espanhol Iván Fernandéz virou hit nas redes sociais ao surpreender com seu ato de solidariedade em uma corrida de Cross Coutry Hiru Herri, em Burlada, na Espanha. O corredor estava próximo de cruzar a linha de chegada e percebeu que o líder da prova se confundiu e parou de correr antes de finalizar a prova. Fernandéz saiu empurrando o queniano Abel Mutai, primeiro colocado, até cruzar a linha de chegada. Fofo demais!

JogarMais uma dramática final de Ironman! Em 2014, Evgeniy Birin roubou todos os olhares dos espectadores do Ironman, Barcelona, com a sua chegada dramática a poucos metros para terminar a corrida. O russo estava entre os 2.6 mil participantes e depois da natação e ciclismo o seu corpo mal chegou ao final dos 42 km de prova de corrida. Paralisou a apenas 200 metros da linha de chegada. Suas pernas não respondiam aos comandos e ele precisou da ajuda de voluntários da organização da prova para se tornar um “Ironman”.

JogarÉééé do Brasil! Vanderlei Cordeiro de Lima surpreendia o Brasil liderando a maratona de Atenas 2004, até que um fanático religioso irlandês, o ex-sacerdote Cornelius Horan, entrou no meio da rua para empurrar o líder. Depois de ser atacado e derrubado, o brasilerio foi ajudado por alguns espectadores da corrida, retornou a prova e ainda conseguiu garantir a medalha de bronze, sendo aplaudido de pé quando entrou no estádio Panathinaikos.

JogarChorando muito! Meu sonho é me tornar maratonista e acho que vai ser exatamente assim que vou cruzar a linha de chegada quando conseguir correr os meus primeiros 42km. Carlos Castillejo, me identifico com você! E Pablo Villalobos, segundo colocado, fofo demais mostrando que a concorrência entre maratonistas não existe. Só o que prevalece é a fraternidade! A cena linda foi na Marathon Championship de San Sebastian 2013, na Espanha.

JogarCai três vezes, levanta quatro! A japonesa Kayoko Fukushi cai na chegada da Maratona Feminina de Osaka e leva o narrador da TV japonesa, que deve ser uma espécie de Galvão Bueno do olhinho puxado, à loucura. Impressionante a força de vontade da corredora!

7 Replies to “Chegadas emocionantes, dramáticas e disputadas nas corridas

  1. Ola Daniela… só quem corre é que tem a compreensão dessas imagens que vão muito além da chegada. Dedicação, confiança, empoderamento, determinação e tantos outros adjetivos que nos fortalece a cada corrida ao cruzar a linha de chegada. Seja qual for a colocação, a disputa é com a gente mesmo. Parabéns pela reportagem e como pesquisadora sei que de que deve ter dado um trabalho bem gostoso e parabéns também por ter se redescoberto! Como você sonho em ser maratonista, por enquanto sou meia…

    1. Obrigada, Andreia! Deu um “trabalhinho” gostoso mesmo de fazer esse post especial. Ainda não fiz uma meia, mas um dia eu chego lá! 🙂 Beijos e obrigada, mais uma vez, por acompanhar o blog!

  2. Bela coleção de chegadas emocionantes.

    Mas sem duvidas a do Marilson é a mais emblemática. Além de superação tem a questão da concentração para retomar o ritmo de competição. Uma coisa é se superar para completar a corrida, outra é ser um dos vencedores depois daquela adversidade.

    Rodolfo

  3. Parabéns, pela reportagem. Assisti todos e achei de arrepiar. Só quem corre consegue entender o sentimento e o que isso representa!

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