Dez Milhas Garoto: alegria e corrida são melhor remédio para designer

Feliz da vida! Assim se define a designer de moda Aspásia Kraus Rigo, de 54 anos. E a atividade física, especialmente a corrida, tem papel fundamental para tamanho entusiasmo.

Ela conta um pouco de sua caminhada até se apaixonar pela Dez Milhas Garoto, prova que disputou pela primeira vez em 2002 e já vai para sua quinta participação este ano.

“Não morava no Brasil. Em 2001, durante férias no Brasil, fui diagnosticada com depressão grau 1. Então, tinha duas opções: tomaria pelo resto da vida remédios ou faria terapia. Lógico que a escolha foi a terapia. Amei o conhecimento de mim mesma. Fiz a Gestalt terapia (que tem uma relação com o meio ambiente). Fiquei no Brasil e meu esposo foi trabalhar. Retornei depois de 12 anos fora. Foi tudo novo, e um ponto na terapia era tomar sol e caminhadas de 1 hora. Sempre obedeci aos profissionais que recorri.  Caminhava todos os 7 dias da semana”, contou Aspásia.

Alegria e disposição fizeram diferença na vida de Aspásia

Caminhadas longas
Com o passar do tempo, ela já fazia caminhadas de 3 horas e caminhadas longas. Em 2002, percorreu os 100km dos Passos de Anchieta, no feriadão de Corpus Christi, em 4 dias, e os 200km do Caminho de Luz (MG), em sete dias.

Garoto
Foi quando Antonio Cesar de Andrade, filho do saudoso Kleber Andrade (ex-presidente do Rio Branco e que dá nome ao estádio em Cariacica), convidou Aspásia para fazer a Dez Milhas Garoto de 2002.  “Topei de imediato. Foi um mês de treino e me joguei e completei. Foi lindo e maravilhoso. Meu lema é viver a vida sem medo de arriscar. Meu propósito era vivenciar culturas em meu Estado, pois sou CAPIXABA da GEMA. E como não ir na Garoto. Tudo novidade para mim. Na largada, tudo junto e misturado, aquele cuidado para não cair para não ser pisoteada. Assim fiz minha primeira Garoto, um sonho realizado, e no ano seguinte repeti”, lembrou.

Ela continuou com caminhadas longas em 2015. Na noite anterior à Dez Milhas Garoto, a sobrinha Nathalia pediu a ela: “Tia, corre a Garoto para mim, tenho uma formatura para ir. Me joguei. Terminei sem problemas”.
A paixão pela Garoto, é claro continua. “Irei correr a Garoto 2019 e me sentir como uma garota feliz nos meus 54 anos. É revigorante, tem a alegria da chegada superando meu próprio limite, cada vez mais me conhecendo, e tenho a certeza que está no meu caminho o grande encontro comigo mesma. Esta será a 5ª vez. Mas aquela sensação da primeira vez continua, empolgante demais. O marco maior sem dúvidas é a subida da Terceira Ponte. Foi vivenciando a Garoto que percebi o quão íngreme é”.
Mãe
“Tenho exemplo de mamãe, que, quando completou 50 anos, foi detectada hipertensão arterial. Dr. Geraldo Cerutti disse a ela: ‘A senhora tem que caminhar 5 dias na semana durante 1 hora, sem nada nas mãos e sem conversas. Compra um tênis e um training (roupa própria na época)’. Em 1980, às 5h30, ela, sozinha e com Deus, caminhava na Beira-Mar, deixava nosso café da manhã pronto e partia. Assim ela fez 35 anos seguidos. Hoje ela caminha mais perto de casa, faz atividades do lar, é muito ativa e independente. Não deixa o crochê, faz cantarolando. Então me espelho nela. Hoje mamãe está com 91 anos, quero envelhecer saudável também como ela. Todas corridas que posso, levo a mamãe porque ela ama ir e sempre pergunta quando vai ter outra, e assim participo em todo estado com ela na torcida”.
Amigos
“A minha paixão mesmo pela corrida de rua foi uma necessidade de fazer amigos. Fomos morar em Nova Venécia para fazer companhia e cuidar de minha sogra, hoje com 94 anos. Fiquei 5 meses agoniada sem conhecer ninguém. Quando fui fazer uma caminhada na nascente do rio Joeba, em Alfredo Chaves, conversando com um amigo, ele disse: ‘Aspásia, agora você mudou, já não é constante sua presença em nossas caminhadas’. Eu respondi: ‘O pior que lá (Nova Venécia) não tem nada de caminhada’. Uma pessoa escutou e falou: ‘Tem um grupo de corrida’. Pensei: ‘Já gostei’. Quando cheguei novamente em Nova Venécia, fui procurar Robertão, que pesava 168 kg e hoje pesa 100kg por conta de corrida de rua, nutricionista e muita determinação. Ele e a galera me aceitaram e estou até hoje. Justamente este mês completo 2 anos na equipe Circuito Gameleira Eco Saúde. Quando entrei na equipe,  em dezembro já fiz a tão sonhada São Silvestre. Sou assim mesmo impulsiva. O importante é concluir. Nessa trajetória, tenho 21 troféus conquistados”.
Corredora já acumula 21 troféus
Limites
“A corrida de rua me faz não ter limites. Este ano quero chegar nas 12 horas do Exército com  dedicação e já aprovada pelo cardiologista. Sou sempre muito grata a Deus pois Ele me deu vida saudável. Agradeço pela minha saúde pois, com ela, estou sempre pronta e ativa. Tenho que cuidar de mim para depois ter saúde para cuidar.
Família e felicidade
“Minha família sempre me apoiou em minhas atividades físicas. Não tomo remédio para nada, durmo tranquila e inicio meu dia em Nova Venécia acordando às 4 da manhã para o aquecimento com meu esposo, Luiz Carlos Rigo. Fazemos caminhada de 1 hora e meia. Depois, faço meus treinos. Quando estou em Vitória, inicio minhas atividades às 5h30. Faço uma corrida básica para o início de atividades físicas das 6h20 às 10 horas. Feliz da vida! Você sentiu que não falei mais em depressão? Pois é, esses itens foram primordiais para superar e a terapia me fez conhecer melhor. Uma boa alimentação e atividades físicas, agregadas à corrida de rua, só alimentam a alma. E o equilíbrio é vivenciado a cada dia”.

2 Replies to “Dez Milhas Garoto: alegria e corrida são melhor remédio para designer

  1. Boa tarde. Eu felipe nao consegui me inscrever na corrida pois estava viajando.
    Gostaria muito de inscrever, pois participo a tantos anos, se puder abrir uma excessao, ficarei grato.
    Desde ja agradeco.
    Att Felipe

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *