Conheça história do Zuza, o corredor “fotógrafo simpatia”

O sorriso largo no rosto e a câmera na mão são marcas registradas do corredor Josué Benvindo, de 61 anos. Sempre alegre nos treinos e nas corridas, ele cativa amigos e atletas com sua alegria e faz questão de fotografar tudo.

Afinal, quem não conhece o famoso Zuza? “Todos nós temos nossos problemas. Eu, por exemplo, tenho que cuidar do meu pai, que tem 82 anos. O sorriso sempre ajuda. Para mim é uma satisfação muito grande praticar esporte e, ainda, ajudar outras pessoas. Muitas vêm me falar que estavam desanimadas e se motivaram por causa de mim. É uma satisfação muito grande”, contou Zuza.

Outra satisfação é fotografar suas corridas. Tudo começou como uma brincadeira, usando uma Go Pro nos treinos. “Quando coloco a câmera na minha frente, ela me puxa até para correr mais rápido. Fico feliz, pois é um momento de brincar com os corredores na pista naquele momento em que o treino e a prova estão pesados. Quando tiro as fotos, acaba dando novo ânimo. Às vezes, tiro tantas fotos que preciso fazer mais de três posts no Instagram com montagem das imagens (risos). A corrida faz meu coração pulsar. Nunca vou pra ganhar, apenas quero concluir bem”, contou Zuza.

Zuza lembra que despertou para o esporte logo na infância. Com 5/6 anos de idade, morando no interior do Paraná, jogava futebol e fazia o aquecimento correndo até o rio.

Em 1988, foi para o Rio de Janeiro, onde foi sargento do Exército durante 9 anos e meio. “Era Educação Física direto. Subia e descia morros e fazia marchas de 8 até 42 km”, contou.

Após dar baixa da corporação, ficou parado e ficou só mesmo jogando futebol. Foi aí que veio para Vitória, em 2004. Depois de um tempo parado, começou a fazer corridas no calçadão de Camburi. Após conhecer o grupo “Corredores Capixabas”, em 2011, fazia treinos de 5km com o grupo aos finais de semana e depois começou a participar de algumas provas oficiais.

Uma empresa na qual ele trabalhava tinha um convênio com a assessoria esportiva Maximize. Começou a correr com acompanhamento profissional e, menos de um ano, Zuza já foi fazer a primeira meia maratona, no Rio. Daí não parou mais. “Corpo se adaptou bem a longas distâncias. Comecei a fazer a Dez Milhas Garoto, fiz Volta da Pampulha, meias de Florianópolis, Foz do Iguaçu, maratonas do Rio, Porto Alegre e Buenos Aires, Desafio Vitória-Anchieta, entre várias outras… Já cheguei a fazer duas inscrições de provas no mesmo dia por causa da empolgação (risos). Agora inventei também de fazer corrida de montanha, como o Circuito Capixaba de Montanhas”.

Se não bastasse a paixão pelas corridas, em 2016, Zuza começou a se aventurar na natação e aprendeu a nadar no mar. “A natação é muito especial e só encontro pessoas boas também”.

Para completar, virou triatleta após comprar uma Speed bike. No triatlo, tem até uma história bem pitoresca e conhecida. “Estava fazendo uma prova de triathlon em Camburi e minha bike quebrou. Não pensei duas vezes e, pra completar a prova, peguei uma bike compartilhada que tinha em Vitória da Yellow”, lembrou Zuza.

São histórias assim que nos motivam e que fazem da corrida esse esporte tão fascinante. Parabéns, Zuza! Que venham muitos outros quilômetros de saúde pela frente e um “pace” repleto de simpatia.